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Os nossos verdadeiros objetivos na vida – por Ricardo Jobim

Desta vez, ouso tentar escrever com mais profundidade. Não quero dizer nada sobre fatos do cotidiano, ou sobre a repetição de assuntos que os fatos políticos proporcionam.

Talvez não por sermos ocidentais, mas por sermos colônia, antes territorial, hoje cultural. Talvez não em razão da ditadura, mas por nossa notória incompreensão sobre o conceito de liberdade. Alguns diriam libertinagem, escravidão, dentre outras coisas.

Mas o fato é que estamos perdendo tempo, mergulhando na busca por objetivos imediatos. Nem sabemos se ganhar fama ou dinheiro é a solução para nossos problemas, e nunca nos perguntamos se o preço que temos que pagar por essas ilusões realmente vale à pena.

Afinal, o que buscamos? É certo que o conhecimento liberta, mas traz uma responsabilidade monstruosa que também aprisiona, deixa a mente inquieta. Quanto mais se sabe, mais livre se é, e mais se quer esquecer, ou se traz a idéia de que talvez fosse melhor nunca ter descoberto.

Com a informação globalizada, disponível em tudo aquilo que usamos diariamente, não precisamos nem pensar muito, já que a mídia moderna traz tudo praticamente mastigado, para fácil digestão. Talvez só eu me sinta assim, como se tivesse um pouco de saudade do tempo que a alienação corria frouxa, que só existia o 12 e o 10 pegando (e mal) em nossa cidade.

Mas tínhamos mais paz, tínhamos mais assunto. Nos dias de hoje, quando vou descansar na fazenda, encontro minha família com notebooks e internet 3G, trazendo a idéia clara de que não se pode fugir. Se bem que não posso falar muito, por que não desligo meu celular nunca.

A sensação que dá é que estamos correndo em círculos. E pra quê? “Porque assim se ganha mais dinheiro”, como disse Cazuza?

A verdade é que nada vai fazer o mundo parar de girar. No entanto, quanto mais pudermos nos concentrar naquilo que realmente vale pra nós, aquilo que vale mais do que o dinheiro, melhor.

Na vida é fácil dizer sim, difícil é dizer não. Logo, antes de entrar numa empreitada, pense se estás disposto a pagar o preço do sucesso. Imponha limites e jamais abra mão dos momentos de prazer, que pode ser pescar, ficar sozinho matando uma tarde de sábado, ou coisas assim.

Se acordarmos dessa loucura, tenho certeza que a vida terá valido mais a pena.

Aos que entendem o que quero dizer, meus votos de felicidade. Àqueles que não entendem, meu mais puro sentimento de pena.  E é isso.

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