Renan. Presidente do Senado será absolvido por seus pares nesta terça pela segunda vez
Na outra vez, perdi uma aposta para o James Pizzarro, colega debatedor da Rádio Antena 1. Entendia que Renan Calheiros seria condenado por seus colegas senadores, por quebra de decoro parlamentar. Embora eu próprio (não nego) não entendesse muito bem como alguém poderia ser condenado apenas com base em reportagens de revista, ainda mais quando esta era a Veja. Perdi. Ele foi absolvido. Sobraram votos, aliás.
Por essas e outras, duvido muito (alías, duvido tudo) que no segundo processo, que deve ser julgado nesta terça-feira, o resultado seja outro. Mais que isso: se, da primeira vez, houve uma barulheira infernal da mídia grandona (e da que se acha, e até da pequenina), e nada mais grave aconteceu, por que seria agora?
Além disso, há dois fatores adicionais a permitir o prognóstico favorável a Renan. Um é a natureza da acusação: se todos os parlamentares que tiverem participação em veículos de comunicação (com laranjas ou sem laranjas) merecerem processo, faltará gente nas sessões do Congresso, especialmente no Senado.
E um outro elemento também é colocado na roda. Diz-se que Calheiros já acertou tudo com seus colegas. É absolvido e imediatamente (ou pouco antes ou pouco depois) renuncia ao cargo de Presidente do Senado. Abrindo espaço, inclusive, para um outro acerto, em torno do também peemedebista, Garibaldi Alves, do Rio Grande do Norte.
Diante de tudo isso, alguém aí acredita em condenação do parlamentar das Alagoas? É. Pois é. Dizem que Papai Noel existe. E até, apesar do calor infernal do Rio Grande nesta época, virá montado numa rena, direto do pólo norte. Pois é.
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