COLUNA OBSERVATÓRIO. Neste segundo turno, a cronologia de uma não-campanha

Coisa de 170 mil irão às urnas. Com suas próprias convicções. E nada além

Rememoremos. Um lindo e barulhento (e por vezes confuso) movimento de militantes fez da campanha em primeiro turno, na boca do monte, uma bela festa. Claro que, nos dias seguintes ao 3 de outubro, houve também alguns velórios. Mas isso é parte do jogo democrático.

As duas primeiras semanas pós-rodada inicial foram uma ressaca de dar dó. Tanto em vencidos quanto em vencedores. Uma reuniãozinha aqui, outra ali. Um discurso mais forte acolá. E… mais nada. Marasmo que, na política local, só não virou sonolência total por conta dos eflúvios provenientes de rumores mudancistas oriundos de um endereço ilustre na Venâncio Aires. Ainda assim, nada que fizesse ondas de surfista.

Aí, de repente, alguns sinais de vida eleitoral, nos últimos dez dias. Visitas ilustres. Michel Temer, de um lado; Geraldo Alckmin, de outro. E daí? Daí, muito pouco. Nenhum juntou mais que uma centena (está bem, um pouco mais) de militantes. E todos com entusiasmo contido – incomparável ao pré-3 de outubro. Ah, e mais no finalzinho, Tarso Genro. Bastante aplaudido e acompanhado. Mais por governador eleito que por qualquer outra coisa, cá entre nós.

E, enfim, chega-se ao 31 de outubro. Quase 200 mil boca-do-montenses disponíveis ao voto. Coisa de 170 mil, pouco menos talvez, comparecerão às urnas eletrônicas. Manifestarão a vontade da comuna em relação a Dilma Rousseff ou José Serra. Mas, cá entre nós, sem que lhes tenha sido possível assistir a alguma coisa parecida com campanha eleitoral morna. Que dirá quente.

Depois das 6 da tarde da domingueira, sim, haverá festa. Mas só então. Será algo que não houve nos últimos 28 dias. É fato. Goste-se ou não.