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MAGISTÉRIO ESTADUAL. Fato: greve parcial. Também fato: ninguém sabe o tamanho

Basta chegar perto de uma escola estadual gaúcha em Santa Maria para perceber: a maioria dos docentes segue nas salas de aula, não obstante a decisão da assembleia da categoria, sexta-feira, em Porto Alegre, com cerca de 3 mil professores presentes, e que determinou a greve geral.

Assembleia de sexta decidiu a greve. Agora, ninguém sabe, ainda, o tamanho do movimento

Os motivos são conhecidos. Um bastante inteligível: a aplicação imediata da lei do piso salarial. Outro que poucos conseguem explicitar com a devida clareza: uma difusa (porque pouco discutida, inclusive) contrariedade com mudanças, ainda sem decisão tomada, no ensino médio.

Mas, e daí? Daí que segundo o governo, só 5% das escolas paralisaram. E conforme liderança da categoria, o pessoal está papeando com os alunos e pais e um balanço inicial será divulgado somente nesta quarta-feira. Ok, ok, ok. Só que os sítios do GOVERNO e do CPERS-Sindicato na internet são, no mínimo, pífios, no que toca a informações sobre o movimento. Na entidade sindical, por exemplo, afora um texto doutrinário, apenas a informação sobre uma assembleia geral marcada para quarta, às 2 da tarde, na Praça da Matriz, seguida de ato público.

E então, qual o tamanho da greve? Certamente longe do esperado pelos líderes do magistério. Pelo menos por enquanto. Mas daí a quantificar vai uma distância que ainda é muito difícil percorrer. Enquanto isso, fiquemos com as duas versões possíveis. E ambas estão contempladas em reportagem publicada no início da noite desta segunda, na versão online do jornal Zero Hora. A foto é de Cristiano Estrela, da assessoria do CPERS. Confira:

Balanço parcial do governo aponta que 5% das escolas aderiram à greve

O secretário estadual de Educação, José Clovis Azevedo, divulgou no final da tarde desta segunda-feira um balanço parcial da greve do magistério, iniciada hoje. Mesmo sem apresentar números, a pasta informou que 5% das escolas estaduais aderiram à mobilização.

De acordo com o secretário, o governo do Estado estimava que a participação dos professores seria baixa por causa da época – a cerca de um mês do término do ano letivo.
Azevedo reafirmou que os professores tiveram uma reposição salarial de 10,9% em abril e que Piratini não tem recursos para pagar o piso do magistério ainda neste ano. Segundo ele, o governo pretende chegar ao salário-base da categoria até o final de 2014.

Cpers discorda de balanço

O Cpers, por meio da vice-presidente, Neida de Oliveira, informou que a entidade divulgará o seu balanço na quarta-feira. Segundo ela, nestes primeiros dias de paralisação, a preocupação da categoria é estar nas escolas conversando sobre os objetivos com pais e alunos.- Queremos que a nossa greve tenha a capacidade de dialogar com a sociedade. E é exatamente isso que estamos fazendo neste momento – afirmou…”

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4 Comentários

  1. Governo fascista é aquele que promete não cumpre? Sempre achei que fascismo se referia a governos autoritários, repressores, onde não existe liberdade de expressão. Alguém vê algo assim no RS? Inquestionável que o governo estadual (Tarso genro foi o autor da lei do piso, na época do MEC) precisa cumprir o piso nacional o mais rápido possível e discutir de fato a questão das mudanças no ensino. No entanto, parece que também está faltando as lideranças dos professores olharem um pouco mais adiante, saberem fazer a leitura da conjuntura. Ontem, pelo que li, uma plenária com 130 professores no clube Santamariense. Não são mais de 2 mil na cidade? Por que não foram à reunião? O que vejo é uma tendência suicidade em certas lideranças sindicais. Espero que um dia, certas tendências políticas cheguem ao poder, pois certamente em poucas horas/dias resolverão todos os problemas do país, quiçá do mundo.
    Cabe ainda uma observação: a culpa da greve que não decola é do PT, dizem alguns. Bom, será que, se o PT dominasse totalmente a cabeça da maioria dos professores, não teriam conseguido evitar a aprovação da greve nos núcleos e também na assembleia geral no Gigantinho???

  2. Parabens Jeferson, precisamos combater esse Governos Facistas que prometem, não cumprem, e ferram os trabalhadores. Tarso dizia que a Yeda não pagava porque não queria. Hoje é lei, passou pelo Supremo, e ele não cumpre. Penso que cabe pedir o Impeachment, embora acredite que o CPERS nao terá peito de fazer tal solicitação, tal a intimidade do Sindicato com esse Governo. Esse é o PT que se fez nas greves Brasil a fora.

  3. O governo do PT é fora da lei no que se refere ao piso salarial, pois o supremo ja deu a decisão favorável aos trabalhadores em educação.Tarso se comprometeu em apresentar um calendario concreto para pagar piso e nao o fez.Se comprometeu em naoalterar o plano de carreira e hoje tem um proposta que altera a avaliação.
    O Governo do PT disfarçado de esquerda, está utilizando terrorismo nesta greve; como o corte de ponto dos que fazem a greve, orientam as direções de escolas a desmontar com a greve.
    A mascara deste governo traidor caiu.Os trabalhadores em educação lutador do movimento de greve não nos intimidamos com estas ameaças facistas e vamos continuar na luta até o final
    Jeferson Cavalheiro rofessor estadual

  4. A greve é um rotundo fracasso, pois o peleguismo do professorado ao PT, via CPERS, conseguiu matar o pouco de respeito que lhes era devido.
    O fracasso da greve é o preço que oprofessorado paga por se atrelar ao PT, com suas “lideranças” cooptadas com boquinhas na SEC, no MEC e no Palácio Piratini.
    É uma pena que uma profissão de tanta nobreza tenha chegado ao fundo do poço.
    Menos mal que meus três filhos estudam em escola particular, onde os mais de R$ 1.500 que pago por mês tem por contrapartida professores qualificadíssimos e motivados, em salas de aula confortáveis e bem equipadas, materiais atualizadíssimos e – principalmente – NENHUMA influência de CPERS e PT.

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