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UMA OPINIÃO. Escravidão também já foi tradicional, tanto quanto crucifixos. É mesmo?

O editor, antes de mais nada, deixa claro: é católico apostólico romano, batizado e crismado. É descendente de famílias em que a fé sobrepõe-se a todas as coisas. Crê em Deus. Ponto.

Dito isto, considera absolutamente menor a questão de haver crucifixos ou qualquer outro símbolo em mesas e paredes de magistrados. Ou de qualquer outro profissional, do Direito ou não. Duvida que a existência ou não de objetos ou imagens associadas à fé possam melhorar ou piorar decisões ou torná-las mais ou menos justas.

Ainda assim, não pode ignorar a discussão que tomou conta do Judiciário gaúcho, após a decisão administrativa que eliminou os crucifixos das dependências do Poder. E traz uma contribuição (quem não concordar, e a opinião do editor já foi colocada acima, fica à vontade para mandar uma contribuição em sentido contrário. Desde que não seja de oportunistas, que o sítio sabe muito bem identificar e que tem como exemplo um deputado que resolveu tirar sua casquinha, dia desses, entrando com ação para frustrar amedida. Certo?

Certo? Assim, sugere-se a leitura de artigo publicado na insuspeita revista eletrônica Consultor Jurídico, que nem gaúcha é.  O autor é Daniel Sottomaior, presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos. Confira:

Tradições insuperáveis – Crucifixos devem sair das repartições públicas

Tem sido argumento recorrente dos defensores de crucifixos em repartições públicas a alegação de que eles constituem tradição centenária ligada ao cristianismo que sempre permeou a cultura brasileira. Afinal de contas, se é tradição, é bom e verdadeiro.

Manter a tradição é um princípio que atua sempre em favor do bem comum e que, por isso, deve ser observado incondicionalmente pelos legisladores e pelos operadores do direito. A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas. Deus, em sua infinita sabedora, dá instruções muito específicas sobre como tomar, tratar e vender escravos.

Jesus fez parábolas com escravos, jamais se incomodando com seu status, e Paulo disse com todas as letras que eles deveriam obedecer aos seus senhores. Essa é a tradição em que foi fundada nossa civilização, desde muito antes do Império Romano. Ora, este país foi construído sobre o trabalho escravo. E mais: a escravidão é plenamente legitimada por diversas bulas papais. Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:

“Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades… e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão”

Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?…”

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Um Comentário

  1. hehe. tenho que rir do artigo. as pessoas interpretam o livro sagrado a sua maneira e falam cada asneira que me da dó do vivente… nao sou religioso, sou neutro, mas estudei a historia a fundo, e digo, esse senhor Daniel Sottomaior me da pena, mas tanta pena dele, que qdo ele souber a verdadeira verdade da sua existencia ele vai se humilhar e se ajoelhar pedindo perdao das baboseiras que falou sobre sua propria interpretacao. no proximo post explico o que significa o que ele falou.

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