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COLUNA OBSERVATÓRIO. Há razões para a greve na UFSM. Mas, e se a sociedade não está nem aí?

Oficialmente, toda as categorias se mantêm em greve. Oficialmente

No preciso instante em que este texto é redigido, estão oficialmente em greve, na UFSM, por ordem de entrada no movimento, professores, estudantes e servidores técnico-administrativos. No mesmo momento, há gente preparando aulas, ou estudando para provas ou trabalhando. Na mesma instituição em que a paralisação foi decretada. O que é um atestado evidente de que a greve pode ser tudo, menos massiva.

Não, não, não. Não se trata de reivindicações injustas. Ao contrário. Mesmo que se possa dizer que se trata de grupos privilegiados (na comparação com seus iguais), ainda assim a justeza (ainda existirá essa palavra muito usada nos 70’s/80’s?) delas é indiscutível.

Docentes não têm reajuste há tempo razoável e reclamam de acordos não cumpridos. Técnico-administrativos estão na mesma condição. E os estudantes… Bem, os estudantes estão solidários aos mestres, embora tenham agregado outras exigências, como 10% do PIB destinados à educação, para (corretamente) justificar a decisão tomada em assembleia.

Então por que, raios, o governo dá claros sinais de que matará no cansaço o movimento, ainda que, em algum momento, talvez apresente um “esboço” de proposta para que todo mundo finja que a história terminará com honra mútua – como já fez com os técnico-administrativos ano passado?

O colunista arrisca um palpite, mas com bastante convicção: exatamente porque a própria sociedade não está dando a mínima. E há quem, por aqui, ficaria mesmo faceiro se o calendário fosse estendido até, digamos, fevereiro. Afinal, o faturamento deste momento se dá por inércia e não há risco, pois, embora percentual eventualmente significativo não esteja trabalhando, todos continuam a receber salário.

Logo, de quem é o prejuízo objetivo? Isso sem falar que, gostem ou não docentes e técnico-administrativos (os estudantes perdoem, mas eles não contam, aqui, pois suas aulas serão dadas, dia a mais ou a menos), simplificadamente, ninguém dá bola. Nem mesmo em boa parte dos habitantes do Campus, como se observa dando uma chegadinha em Camobi.

O que, convenhamos, é uma pena. Mas quem tem que resolver o dilema – gostem ou não, ele é bem real – são as categorias. Especialmente as dos professores e dos técnico-administrativos. Elas e suas lideranças, todas legitimamente eleitas. E ninguém mais.

 

 

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