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Lições olímpicas – por Daniel Arruda Coronel

Mais uma Olimpíada chegou ao fim e, novamente, o Brasil não ficou entre os vinte países com maior número de medalhas. O que naturalmente faz a sociedade se perguntar: será que nossos atletas são menos competitivos que os de países como Estados Unidos, China, Inglaterra, Rússia e Coreia do Sul?

A resposta a esta indagação merece uma análise com certa acuidade, visto que estes países, para obterem um resultado extremamente positivo em jogos olímpicos, investem maciçamente em educação e qualificação de capital humano, através de um forte Ensino Fundamental e Médio de tempo integral, programas de incentivo à formação de atletas com toda uma estrutura adequada ao desenvolvimento das potencialidades dos jovens, profissionais bem qualificados.

Algo totalmente distante da realidade brasileira, onde, num tempo não tão distante, os atuais ocupantes do Palácio do Planalto deblateravam em defesa de uma universidade pública gratuita e de qualidade e com profissionais qualificados e motivados; contudo suas práticas e atitudes hoje não coadunam com sua prática de governo, haja vista a intransigência demonstrada pelo governo federal nos últimos meses, o que está corroborando para ao não encerramento de mais esta greve das universidades.

Para países como a China chegar à condição em que chegou hoje, nos esportes, não foi do dia para noite, mas, sim, através de um processo de planejamento econômico e social com ênfase no setor produtivo, na educação, com instituições sérias, qualificadas e com a extirpação do patrimonialismo e dos vícios públicos e privados, que corroem as instituições, projeto que, há cinquenta anos, já tinha sido esboçado de maneira seminal pelo grande brasileiro Raymundo Faoro.

Enfim, caso o Brasil queira chegar às Olimpíadas de 2016 com condições de “brigar” por medalhas, deve imediatamente começar a fazer a lição de casa, ou seja, investimentos em educação, o que passa por bons cursos e profissionais bem qualificados e remunerados, pois, se não fizer isso, daqui a quatro anos o país repetirá o baixo número de medalhas que vem tendo nas Olimpíadas. Quem viver verá.

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