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JUSTIÇA DECIDE. Dança nas cadeiras na Câmara tira Rosa e Mortari e põe Anita e Chaves. E aí, muda algo?

Rosa anunciou que recorrerá em todas as instâncias. E tinha seus apoiadores nas galerias
Rosa anunciou que recorrerá em todas as instâncias. E tinha seus apoiadores nas galerias

A informação objetiva você teve AQUI no final da tarde passada. A novidade: além de Cláudio Rosa, também Marion Mortari deve deixar sua cadeira no Legislativo. Ambos tiveram decretada sua saída pela Justiça Eleitoral. Embora ainda caiba recurso, é pouco provável que a decisão seja ultrarrápida. Isto significa que, pelo menos por algumas sessões (na hipótese, claro, que ambos revertam a decisão de primeira instância), o parlamento da comuna conviverá com os primeiros suplentes. No caso de Rosa, do PMDB, Anita Costa Beber, do PR. Já Mortari, do PSD, será substituído pelo Pastor Chaves, do PSDB.

A parte a questão judicial, o que muda politicamente na Câmara? Num primeiro instante, nada. Como os votos anulados vão para as coligações, estas mantêm as cadeiras, apenas que com outros nomes; no caso, os dos suplentes. Isso significa, em tese, que Anita fechará com o governo e Chaves se encontrará na oposição.

Num segundo olhar, porém, ninguém pode prever. Quem sabe de alguma coisa parecida com trajetória do Pastor Chaves? Nem o editor. E Anita? Bem, aí já há um histórico de rebeldia bem conhecido. Tanto que deixou uma história no PP para se alinhar ao governo petista, no segundo mandato de Valdeci Oliveira. Como estará agora? Também aqui, nem o editor. Então, melhor mesmo é esperar para ver.

De todo modo, a sessão desta terça, na Câmara, foi marcada pela despedida de Cláudio Rosa. Que pode ou não voltar. Mas lá esteve por 20 anos. E isso ficou claro também nas manifestações feitas por ele, direto da tribuna, como você pode conferir no relato da assessoria de imprensa do Legislativo. O texto é de Clarissa Lovatto Barros, com foto de Carolina Bonoto. Acompanhe:

Vereador Cláudio Rosa realiza discurso de despedida do Legislativo

No início da sessão ordinária, o presidente Marcelo Zappe Bisogno fez leitura do documento, datado de 13 de maio, em que a juíza da 147ª Zona Eleitoral, Karla Aveline de Oliveira, comunica a cassação do diploma do vereador eleito Claudio Rosa, em razão da sentença judicial proferida nos autos do processo referente à prática de conduta vedada.  No ofício, a Justiça comunica, também, que o cumprimento da sentença deve ocorrer de maneira imediata.  A juíza declarou a inelegibilidade do vereador pelo período de oito anos, bem como o condenou ao pagamento de multa de aproximadamente R$ 53 mil. O presidente Bisogno destacou o respeito à história política do vereador, considerado defensor dos mais humildes.

Após 20 anos e cinco legislaturas na Câmara de Vereadores, o vereador Cláudio Rosa (PMDB) realizou, nesta terça-feira (14), o discurso de despedida momentânea do Parlamento.  “Não estou me despedindo, mas dizendo um até logo porque irei recorrer em todas as instâncias”, enfatizou. Familiares do vereador, secretários municipais e lideranças políticas acompanharam o pronunciamento de aproximadamente dez minutos de Cláudio Rosa que, bastante emocionado, lembrou sua história política, destacando a realização de trabalho social para auxiliar comunidades carentes, mesmo antes de ingressar na vida partidária.

O vereador questionou onde estão as testemunhas que o acusam de crime eleitoral, mas nunca compareceram para depor. “Alguém foi pago para plantar a mentira contra mim”, observou.  Esclareceu que jamais pediu votos em troca de obras na vila Lorenzi, esclarecendo que somente enviou informativo do gabinete parlamentar aos moradores da localidade. A respeito do loteamento Cipriano Rocha, explicou que, em nenhum momento, participou de reuniões com representantes do Executivo para solicitar benefícios aos moradores em troca de votos…”

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3 Comentários

  1. Anita Costa Beber é aquela senhora que,em seu último mandato como vereadora, foi flagrada usando carro oficial da Câmara em suas atividades particulares, como fisioterapía e salão de beleza. Nosso parlamento continua constrangedor.

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