OBSERVATÓRIO. O Rouge e a Ragatanga se foram pelos desvãos da história. Mas ainda há o milho verde
Não custa lembrar
Em 30 de novembro de 2002:
“Aproveitando a época, e atendendo solicitação dos saudosos, eis uma boa dica de presente de Natal, do SCBC (Shopping Center Boca do Calçadão): não deixe de comprar o CD do Rouge, o grupo de “cantores” que tem como maior sucesso “Ragatanga”, aquela “música” em uma língua absolutamente nova, nem de leve parecida com qualquer outra, mas que as crianças e pré-adolescentes, sabe-se lá por que, simplesmente adoram. O colunista viu o produto em várias “lojas”, ao custo de R$ 5 – infinitamente menor que o cobrado em outros estabelecimentos do ramo...”
Hoje:
O título da nota, publicada há exatos 11 anos, era “Uma dica para o Natal“. É preciso que se diga: muita coisa mudou, desde então. Para começar, há o shopping popular organizado e que pode garantir presentes de qualidade para os consumidores. Mas não é menos verdade que, se não tem nenhum “Ragatanga”, no centro, aos poucos a esculhambação volta a ficar solta. E, se a prefeitura não cuidar, perderá um dos seus trunfos: exatamente o de levar para um lugar único os onipresentes ambulantes e artesãos. Moranguinhos e milho verde já é possível comprar.
Digamos que a esculhambação se mudou para um outro palacete. É de ficar rouge.
Hoje dá pra baixar o tchererê tche-tchê na internet e produzir o CD em casa, “de grátis”.