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CÂMARA. Só mesmo com muuuuitaaas traições, os governistas entregarão Presidência aos oposicionistas

Kaus, na tribuna. Dentre os governistas, seria hoje o melhor posicionado (foto Feicebuqui)
Kaus, na tribuna. Dentre os governistas, seria hoje o melhor posicionado (foto Feicebuqui)

É verdade que não seria inédito, na história do Legislativo, de repente a oposição ganhar espaço na Mesa do parlamento, contabilizando a traição de um governista louco para virar presidente e, assim, ter as benesses (também) políticas do cargo. Muito pelo contrário, isso já foi muito comum, na Câmara de Vereadores.

Mas isso, até onde vai a memória (e o arquivo) deste editor, somente aconteceu quando a diferença entre os dois lados era, no máximo de dois votos. Isto é, “virando” um, e contando com artimanhas regimentais (legais, diga-se), a situação se invertia. No entanto, longe está de ser o caso de agora.

Como? Pelo acordo governista, o próximo presidente da Casa será do PMDB. E conta, para isso, com 13 votos (também os do PDT, PP, DEM, PR e PTB). A oposição tem apenas com oito. É aritmética. Para mudar essa situação, não basta alguém querer ser presidente. Precisa alguém e mais dois, no mínimo, para consolidar uma virada. Portanto, embora não seja impossível (em política essa palavra não existe), para ocorrer, só com muuuuuita traição.

Este editor concede haver, entre os governistas, quem esteja brabo. Mas o risco seria muito grande. Quase uma certeza de derrota. Logo… Logo, melhor os descontentes se conformarem e tratarem de saber qual dos peemedebistas vai presidir a Câmara, em 2014. O sítio afasta, de pronto, o nome de Cezar Gehm.

Não por suas qualidades, mas em função da situação legal. Gehm, embora ostente a condição de titular, na prática é suplente, eis que ocupa o lugar de Cláudio Rosa, cassado pela Justiça em primeira e segunda instâncias, mas ainda nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral a possibilidade de revisão das sanções. Imaginemos, apenas por hipótese, que Rosa tenha sucesso, digamos, em meio ao hipotético mandato de Gehm. Nesse caso, assumiria o vice, em situação absolutamente inédita no Legislativo de Santa Maria.

Feita essa ressalva, restam Marta Zanella, João Kaus e João Carlos Maciel. Este adoraria, mas em declaração feita ao Diário de Santa Maria, disse que o partido não quer. Marta, em primeiro mandato, é considerada, pelas águias, ainda “verde”. Logo, a aposta mais certa seria Kaus. Para muitos, um “pitbul” do peemedebismo. Para outros, apenas alguém com opiniões fortes. Bueno, se o editor fosse apostar em alguém, seria nele. E você?

Ah, como curiosidade, leia o material originalmente publicado pelo Diário de Santa Maria, na sua edição de sexta-feira, e que trata da sucessão na Câmara. O texto é assinado por Leandro Belles. Confira:

Quem comandará a Casa?

A disputa pelo comando da Câmara de Vereadores de Santa Maria corre solta nos bastidores da política local. Apesar de não ser discutido publicamente, o tema é assunto recorrente em reuniões internas e encontros, digamos, discretos entre grupos de parlamentares. Apesar de existir um acordo firmado entre as siglas da base governista, prevendo um rodízio entre nomes de PMDB, PP, PTB, PDT, DEM e PR, tudo pode acontecer. Hoje, o governo tem 13 vereadores, contra oito de oposição. Os mais cotados para assumir a presidência são Cezar Gehm, João Carlos Maciel e João Kaus, todos do PMDB, Marcelo Bisogno (PDT) e Werner Rempel (PPL).

Pelo acordo, o PMDB assumiria a presidência em 2014, por ser a maior bancada governista. Mas o problema começa dentro do próprio partido. Lideranças peemedebistas indicam que o escolhido para representar a sigla na disputa seria o vereador João Kaus. Ele desconversa e diz que nada foi decidido, mas deixa clara a “disposição” para assumir a vaga. Do outro lado, o colega de partido João Carlos Maciel se coloca como candidato ao posto, mas dispara que seu nome é barrado pelo próprio partido.– O PMDB deve fazer alguma coisa para me impedir de assumir esse posto que eu quero. É complicado – diz…”

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Um Comentário

  1. Já está praticamente tudo acertado!

    PMDB, PP, PDT, DEM, PTB, PR vão eleger João Kaus para Presidente e trazer Robson Zinn de volta à Câmara de Vereadores, agora, como Chefe de Gabinete da Presidência.

    Possivelmente, será um 2014 marcado por novas ocupações do prédio ocorrerão e manifestações, pois assim parecem desejar os próprios parlamentares diante de suas lastimáveis condutas.

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