Imparcialidade? Hehehe! Mídia que se acha amarela e quem dança é a repórter. É como funciona
A história que reproduzo abaixo, na coluna Circo da Notícia, do experiente jornalista Carlos Brickmann, publicada pelo sítio especializado Observatório da Imprensa, aconteceu no interior de São Paulo. No entanto, creia, ela é menos incomum do que se imagina e não tem rigor geográfico. Isto é, acontece em vários locais da terra brasilis.
Acompanhe, e veja como se comportam alguns dirigentes da mídia. E isso vale para a grandona, para a que se acha e para a que nem é coisa alguma. Só o que muda é o nome dos personagens. Pode acreditar. A seguir:
… Censura 3
Este é um caso exemplar: a repórter Márcia Regina Dias, do jornal Mogi News, de Mogi das Cruzes, SP, recebeu e-mail do promotor José Barbutto, do Grupo de Ação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), com denúncias contra 13 policiais. Na mensagem, Barbutto dava instruções detalhadas à repórter sobre como escrever a reportagem ao gosto dele. Dizia como divulgar a informação para que não parecesse que os promotores estavam querendo aparecer.
Barbutto não pediu sigilo, e o processo não corria em segredo. Márcia foi, corretamente, ouvir os policiais acusados sobre a denúncia, para que se defendessem. Um deles juntou o e-mail a seu processo, acusando o promotor de tentar dirigir o trabalho da imprensa. Foi o suficiente para Barbutto se negar a dar novas informações para Márcia Regina Dias e considerá-la parcial em favor da defesa (aparentemente, só é permitido ser parcial em favor da acusação). O jornal amarelou: em poucos dias demitiu a repórter.
Márcia Regina Dias denunciou o promotor Barbutto à Corregedoria do Ministério Público, e está procurando emprego…
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da coluna Circo da Notícia, assinada por Carlos Brickmann, no sítio Observatório da Imprensa.
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