OBSERVATÓRIO. Tá pintando: a Travessia Urbana pronta antes da RS-509 e do saneamento em Camobi

Em algum momento do ano passado, a cidade assistiu ao começo de duas grandes obras estruturais.

Uma, a sempre reivindicada duplicação de mais de 4 km da RS 509, a chamada Faixa Velha. Fundamental para o trânsito urbano, a rodovia não dá mais conta da demanda, mesmo com o reforço da Faixa Nova. Por razões diversas, de econômicas a ambientais, entre outras, o trabalho está virtualmente paralisado.

A outra, também iniciada em 2014, é o esgotamento sanitário de Camobi. Concluída, Santa Maria atingirá níveis invejáveis no que se refere a saneamento básico. Recursos federais tomados pela Corsan, a concessionária do serviço, somam algo como R$ 120 milhões, o que já é um indicador importante para entender o que será feito. Pois bem, discussões entre empreiteira e a empresa estatal, entre outros fatores, também levam à paralisação dos trabalhos.

Somadas, em demanda de recursos, que afinal de contas são oriundos da contribuição da sociedade, as duas obras vitais, ambas no bairro Camobi (mas com transcendência sobre a comuna), significam investimento de centena e meia de milhões. Que não sejam perdidos, por favor.

O consolo, se é possível utilizar essa expressão nesse caso, é que a maior de todas as obras, tão imprescindível ou mais que as outras duas, está andando. E bem. No caso, a Travessia Urbana, que em seus dois polos, no Trevo do Castelinho e nas proximidades da Ulbra (BR 392), iniciou no início deste ano e não para. Mesmo as questões da retirada de residências e empresas construídas sobre a faixa de domínio não parecem preocupar além da conta. Há quem diga (melhor esperar para comprovar) que o “encontro” entre os dois lotes se dê ainda em 2015. Tomara!

EM TEMPO: e olha que, se a coisa andar desse jeito, até a obra do transporte rápido, o BRT (R$ 220 milhões), começa e termina antes que as de Camobi.