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AMIGOS. Mídia “blinda” alvos da Operação Zelotes, mas as primeiras denúncias formais já saem em julho

Procurador debate com Pimenta em audiência das investigações da Zelotes: queixas
Procurador debate com Pimenta em audiência das investigações da Zelotes: queixas

O deputado federal Paulo Pimenta disse, semana passada, que pretende representar ao Conselho Nacional de Justiça um magistrado de Brasília – que, afora não autorizar atividades investigativas solicitadas pelos procuradores encarregados da apuração da “Zelotes”, também já foi responsável por processos antigos contra os mesmos personagens alvo da operação de agora e que sequer foram chamados a depor.

Mais, o juiz demorou um tempão para entregar documentos solicitados pela CPI instalada no Senado. Ah, em paralelo, a mídia blinda o salvos da investigação, que tem, por exemplo, a maior afiliada da Rede Globo, a gaúcha RBS, entre os que são objeto da apuração dos Procuradores Federais.

Por tudo isso, e mais um pouco, embora as primeiras denúncias formais devem acontecer já no próximo mês, as autoridades estão desesperançadas. Acreditam que apenas 10% dos casos poderão avançar, justamente por conta das dificuldades impostas à investigação. Sobre tudo isso e mais um pouco, vale conferir o elucidativo material publicado pelo portal Rede Brasil Atual (RBA). A reportagem é de Hylda Cavalcanti, com foto de Luis Macedo, da Agência Câmara de Notícias. Acompanhe:

zelotesRéus graúdos levam Zelotes para longe dos holofotes

A investigação de crimes praticados por grandes empresários, detentores de fatia considerável do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, caminha relegada ao desinteresse por falta de associação a um escândalo que reverta em dividendos ou prejuízos políticos. O tratamento dado por parte do Judiciário e da imprensa à Operação Zelotes é uma amostra disso, se comparado à Lava Jato. Essa tem sido a constatação de parlamentares, representantes do Ministério Público, analistas econômicos e profissionais do meio jurídico, que se debruçam sobre a elucidação de um escândalo que pode chegar R$ 19 bilhões desviados do Tesouro Nacional.

A Operação Zelotes foi deflagrada em 28 de março por diversos órgãos de investigação em conjunto com a Polícia Federal. Resultou na descoberta de uma fraude com a Receita Federal, no período de 2005 a 2013 – grandes empresas subornavam integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado à Fazenda, para serem absolvidas do pagamento de impostos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago. Entre as empresas investigadas estão grandes corporações, como RBS (maior afiliada da Rede Globo), Gerdau, Votorantim, Ford, Mitsubishi, BRF (antiga Brasil Foods), Camargo Corrêa, e os bancos Santander, Bradesco, Safra, BankBoston, Pactual, Brascan e Opportunity.

Enquanto em várias operações de caráter semelhante essa fase já teria resultado em prisões preventivas e medidas mais adiantadas, autoridades, Ministério Público e parlamentares alertam para o risco de a investigação não chegar a um resultado efetivo. Segundo o procurador da República Frederico Paiva, “o caso até agora não entusiasmou nem o Poder Judiciário nem a mídia, ao contrário do que acontece com a Operação Lava Jato”. Ele criticou o que chamou de “passividade” por parte dos órgãos envolvidos na investigação e afirmou, durante audiência pública no Congresso Nacional, que os escândalos de corrupção no Brasil só despertam interesse quando há políticos no meio. “Quando atingem o poder econômico, não há a mesma sensibilidade. É preciso que a corrupção seja combatida por todos. Os valores são estratosféricos”, afirmou.

Representações

O MP entrou com representação na Corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região contra o juiz responsável pela operação, Ricardo Leite, da 10ª Vara de Brasília. Leite só entregou os documentos referentes ao inquérito em curso à CPI em 1º de junho, e teria tomado decisões que não ajudaram as investigações. Ele só se manifestou pelos autos, negou a prisão temporária de 26 pessoas suspeitas de integrar o esquema e rejeitou o pedido de bloqueio de bens de investigados.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) divulgou que entrará com medida no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o magistrado. Ele acusa Ricardo Leite de ser responsável por processos antigos contra personagens da Zelotes que não foram nem sequer chamados a depor. “A conduta prejudica o combate à corrupção e ao crime do colarinho branco no Brasil”, acusa…”

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