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Coletivo EntreAutores – por Liliana de Oliveira

liliana

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Seis de agosto, noite quente de vento norte em Santa Maria, muito vento, muita saia ao vento, muita gente se dirigindo ao Theatro Treze de Maio para assistir ao espetáculo EntreAutores – Para Cantar O Que é Nosso. O coletivo que conta com quase 30 músicos e compositores de Santa Maria e da região se encontra semanalmente na Esquina 249, casa onde moram e circulam músicos, compositores e produtores para compartilharem suas músicas autorais, resolveu compartilhar com o público um pouco daquilo que fazem coletivamente.

No teatro temos diante de nós uma sala aconchegante que é o palco do encontro. Um sofá, uma luminária, um mate, muitos músicos, muitos instrumentos, muita música. Sentados, deitados, descalços, sorrindo, chorando, cantando. A cada canção uma emoção. A emoção vivida pelos músicos de poder apresentar suas músicas autorais pela primeira vez ao grande público se misturava com a nossa de poder estar compartilhando da mesma sala de encontro. Os músicos visivelmente emocionados agradeciam nossa presença, enquanto nós, baixinho, agradecíamos imensamente a oportunidade de estarmos ali vivenciando aquela experiência.

Enquanto ouvíamos a canção João do Santo Expedito agradecíamos pela causa quase impossível de ver tanta alegria, arte e juventude na nossa cidade. Cidade que desde 2013 vem lutando para que seus bares bem como sua arte possam se expressar sem serem tolhidos pelo poder público.

Um respiro, uma alegria. Alegria de poder ver gente tão jovem compondo e cantando lindamente. Orgulho da minha cidade que produz cultura quando se organiza livremente e coletivamente sem intervenção do poder público.

Saímos todos do teatro cantando e juntos ocupamos a praça que é nossa. Música, alegria e partilha que se encerra com um abraço coletivo. Abraçamos a cidade que nos abraça e, por alguns segundos, nos tornamos nós. Um nós que virou mundo e quando a música vira mundo, o mundo vira música. Vida longa ao Coletivo EntreAutores!

Obs.: Passagens em itálico foram retiradas de canções apresentadas pelo coletivo.

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que ilustra esta crônica é de Rodrigo Ricordi.

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