DO FEICEBUQUI. Os Gomes até trocam de Partido. Mas não de lado. E tem a história de Yeda e impostos
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas. Confira:
UM POUCO…
…de leitura histórica não faria mal. Um pequeno exemplo (e sem entrar no mérito) é o comportamento da bancada do PSDB na Assembleia, que tende a contrariar o governador José Ivo Sartori, na pretensão de aumentar a alíquota do ICMS.
Sim, é uma medida antipática e este escriba TAMBÉM é contra ela. Mas não esquece (olha a história aí) que a então governadora Yeda Crusius, tão incensada agora pelos tucanos (lá com suas razões) por ter feito uma gestão austera, IGUALMENTE pretendia aumentar impostos. Aliás, submeteu o ainda governador Germano Rigotto ao constrangimento de enviar projetos, a pedido dela, para tentar valer já no início do governo tucano.
RESUMO DA ÓPERA
A história é um terror. Especialmente quando alguns têm memória.
FAZ SENTIDO!
Os irmãos Cid e Ciro Gomes já mudaram de partido um punhado de vezes. Mas, como escreveu o jornalista Rodrigo Vianna, “nunca trocaram de lado”.
Pois, agora, eles estão indo para o PDT. Vão encontrar um balaio de problemas. Mas se sairão bem deles, é um palpite claudemiriano.
EM TEMPO: o primeiro cara a por o dedo na cara do Supercunha foi exatamente um dos Gomes. No caso, o Cid. Que, na frente de todo mundo, inclusive da mídia que adorava o cara, naquele momento, disse: “você é um achacador”. Pois não é que o Cunha é, mesmo.
Germano Rigotto aumentou o ICMS em 2005 e governou até 2006. A majoração solicitada pela Yeda seria a segunda no mesmo governo. Ela mesmo tentou depois, sem sucesso. Olívio tentou aumentar três vezes. Tarso foi o único governador que não tentou, foi para os depósitos judiciais e outras cositas.
Gringo também não se ajuda, ao invés de acabar com a CORAG e a CESA quer acabar com a Fundação Zoobotânica. Prometeu não aumentar impostos e está tentando.
Leitura histórica não é muito útil porque as circunstâncias são outras (a menos dos petistas com birra de tucanos). População está cansada de pagar e não ver resultados. Má gestão faz estrago maior do que a corrupção. Estado é um drogadicto, não resolve os problemas e não tem dinheiro que chegue.
Irmãos Gomes estão do lado…dos irmãos Gomes. Mas são "do bem", estão todos contra o SuperCunha. Agora há pouco pastor Malafaia estava no rádio. Pergunta pertinente dele: "e o Renan? Não vai ter denúncia? Virou "do bem" depois de se reunir com o governo?"
Voltando. A culpa de tudo errado no Brasil é do SuperCunha? Pedaladas, recessão e outras barbeiragens? Ele sumindo, acaba a crise econômica?
Enquanto isto tem economista ligado ao governo sugerindo a utilização das multas e devoluções da lava a jato devidas pelas empreiteiras para "estatizar" parcialmente as mesmas. São "estratégicas", têm "conhecimento" que não pode ser perdido.
Bancos oficiais (CEF e BB) estão prestando "socorro" às indústrias. Crédito barato para "manterem empregos". Claro, a adesão não é compulsória. No Congresso votam uma reoneração da folha de pagamentos para 2016 que, obviamente, tende a aumentar desemprego.
Delfim Neto disse em fevereiro que pediriam a cabeça do Levy em outubro. Não sei se não pede a conta antes. Ajuste saiu pela metade, a metade que vai sair tem efeitos duvidosos e aumentaram muito as despesas noutra ponta. Como sempre, para inglês ver.
PIB da Grécia cresceu 0,8% no segundo trimestre. O do Brasil encolheu.