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No Rio Grande, ano ainda não começou. Faz 14 meses! – por Luiz Alberto Cassol

A frase mais ouvida no pós Carnaval é “agora o ano começa!” Para mim, essa expressão traduz veladamente um preconceito para uma festa de grande significado, independente de tu participares ou não da folia.  Contudo, não é o objetivo desta postagem tratar do tema. A questão aqui é outra. Para o atual poder executivo do estado do Rio Grande do Sul o ano ainda não começou faz 14 meses. Um governo eleito democraticamente com 61,2% dos votos válidos. Designado para administrar, gerir e tomar decisões.  No entanto, agora, somos testemunhas, todos os dias, do não dito e do mal explicado, marcas da presente administração estadual.

Isso está comprovado desde 1º de janeiro de 2015. O que mais percebemos desde lá são desculpas. Ou melhor, culpas. A culpa é sempre do outro, seja do governo anterior, do funcionalismo público estadual, da União, de parte da imprensa, dos municípios, dos blogueiros, dos concursados, do contexto, da vida, dos pássaros. Ora, chega de escusas evasivas! Poderia ser quase um quadro psicanalítico. Porém, seu despropósito é evidenciado dia a dia. Fica explícito o que propõe em meio de uma mandato repleto de equívocos.

Cabem vários artigos e até teses sobre as não propostas que ouvimos nos debates do então candidato José Ivo Sartori, em 2014. Do sinal que vinha por aí com o tal do “Meu partido é o Rio Grande”,  que não tinha conteúdo algum, apenas não ser questionado pelos cidadãos. Isso talvez, tenha sido uma vitória na estratégia do marketing, mas redundou numa constrangedora gestão que não administra.  Isso produzirá uma boa discussão sobre projetos, debates e formas de governo em próximas eleições.

Passado todo esse tempo, a sensação que os sul-rio-grandenses têm é que o real tema de sua campanha seria “meu partido é não debater um projeto e vamos ver no que vai dar. E qualquer coisa, a culpa é do outro!”.

Vamos aos fatos. O que faz o governo eleito? Cria a teoria do caos e rege, desordenadamente, defendendo a ideia do Estado mínimo, negando as implicações evidentes que essa forma de desgoverno implicará para o futuro do Rio Grande do Sul. E quando é interrogado sobre, foge do assunto, busca a culpa  nos outros, não explica nada. Sempre é bom recordar um pouco do que representa o Estado mínimo, que tem como principal mote os temas econômicos e, por meio deles, a administração da segurança, da saúde e da educação.  Então, refutar evasivamente essa matéria tem sido uma constante no atual executivo. E a culpa do grau de incapacidade administrativa que chegamos 14 meses após a posse é de quem? Reitero, do outro.  Não importa ao atual governo discutir o tema do Estado mínimo, pois seus proveitos interessam a poucos e sua relevância a milhares.  Resumo: viva o caos e venderemos o “Meu partido é o Rio Grande”.

Fiquemos em segurança, saúde e educação. São surreais as explicações que ouvimos. Isso,  quando elas acontecem.  Sim, pois na atual administração do RS o que menos temos são entrevistas do governador que, por sua vez, envia secretários que, quando existem pendências ou críticas mais fortes, enviam representantes. E assim caminha nosso pampa.

Como fica a população gaúcha? E os funcionários de todas as áreas do estado? E os concursados sem posse? Os profissionais da educação e da saúde? Os policiais civis e militares? Para ficar, apenas, nas áreas acima citadas.  Resposta: abandono absoluto.

O que vemos é um caminho de total falta de respeito ao cidadão. Projetos de lei enviados pelo Poder Executivo de forma açodada ao Legislativo, aprovados na madrugada por sua base aliada, sem o mínimo rito do amplo debate, essencial para a Democracia, deixando sequelas nefastas para o Rio Grande. Isso já foi descoberto! E desculpas não cabem mais.

Governador, todos queremos um estado administrado. Decididamente não é o seu caso. Está comprovado.

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