ANÁLISE. O jogo que se joga não é o de 2014, mas o de 2018. Quem diz é Tarso Gerno, governador gaúcho
O governador gaúcho, Tarso Genro, é um dos, digamos, pensadores do PT. Contribui para o debate intrapartidário, mas publica fora dele – o que permite a todo mundo conhecer o pensamento dele acerca das coisas petistas e da política. Normalmente, os textos estão disponíveis no portal Carta Maior.
Um, da semana passada, passou meio que “a lo largo da grande mídia”, embora possa ter repercussão indiscutível nos próximos movimentos da sigla que governa o País e o Estado. Vale a pena ler, pode apostar. Inclusive porque traz uma avaliação que, não obstante a retórica, também, de uma certa maneira, permeia os movimentos da própria oposição. Confira você mesmo, a seguir:
“Estratégia 14-18: o legado e a ruína
Neste momento da história nacional estamos preparando o legado que vai ser objeto de uma contundente disputa nas eleições de 2018. Seu “centro” será a anatomia da era Lula (ali já a era Lula-Dilma) ou a anatomia do legado do PT nos então quatro governos anteriores. As forças políticas do país já se movem para encravar, nos dias de hoje, os pilares da sua sustentação para o fim da década.
A agenda já é meticulosamente trabalhada, através da mídia oposicionista: a oposição, midiática e partidária, já tem como objetivo central derrotar o PT e para isso é preciso ofuscar a visão popular sobre o que era o Brasil – antes e depois dos governos de centro-esquerda com hegemonia do PT -; alternativamente começa a buscar a “reversão por dentro”, ou seja, no limite, conseguir um governo de centro-direita, com tinturas de centro-esquerda (sem o PT).
Utilizo, neste primeiro momento, a sentença sobre as “ruínas” de Montalbán, no sentido de elementos políticos, que são fixados agora, para serem desvendados nas disputas de opinião, da informação e de conceituação política no futuro. Trata-se da construção do que já será “passado”, em 2018, com o esgotamento do atual ciclo de crescimento e distribuição de renda (baseado corretamente no par “salário- consumo”) para usar este passado como fundamento de uma proposta para os próximos vinte anos…”
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