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LA REMEZCLA. Debate marca lançamento em SM do ‘Zine’ número 2, produzido pelo Coletivo ‘BaixaCultura’

Do Coletivo BAIXACULTURA

baixa culturaNa próxima segunda-feira vai acontecer o lançamento em Santa Maria do zine nº2 do BaixaCultura, “La Remezcla”. O zine é uma coletânea de textos publicados no site http://baixacultura.org que versam sobre temas como remix, plágio criativo, escrita não-criativa, copyleft e recriação na literatura. Depois de lançado em Porto Alegre, “La Remezcla” vai ser o mote para um bate-papo sobre zines, remix, publicações alternativas, cultura livre e outros assuntos correlatos no Vaca Profana, segunda feira dia 4 de abril, às 20h. A conversa vai ter a presença do designer e músico Calixto Bento e da jornalista e editora da publicação Cornucopia Vacua (https://cornucopiavacua.wordpress.com/) Luciana Minuzzi, além do editor do BaixaCultura, Leonardo Foletto.

SOBRE O BAIXACULTURA

É um coletivo criado em 2008 que concentra suas atividades na informação, divulgação e discussão de conceitos, acontecimentos e propostas ligadas à cultura livre e  à (contra) cultura digital. Já realizou oficinas de cultura livre e guerrilha da comunicação e mostras de filmes em São Paulo, Ribeirão Preto, Joinville, Brasília Santa Maria e Porto Alegre e foi contemplado pelos prêmios da Secretaria Municipal de São Paulo (ProAC, 2011) e do programa IberCultura Viva (2016) de intercâmbio entre agentes culturais dos países ibero-americanos. Em 2010, lançou seu selo de publicações com o livro “Efêmero Revisitado: conversas sobre teatro e cultura digital”, de Leonardo Foletto, que trata da discussão sobre teatro e tecnologia através dos tempos e conta com entrevistas com grupos e pesquisadores que estão experimentando nesse fazer. O zines nº1 – Pequenos Grandes Momentos da História da Recombinação: Deturnamento (2011) e “La Remezcla” (2016) são as outras publicações do selo. O próximo lançamento está marcado para julho de 2016.
http://baixacultura.org – @baixacultura – [email protected] (51) 98750093

SOBRE O ZINE LA REMEZCLA

A edição de “La Remezcla” é de Leonardo Foletto, jornalista formado pela UFSM, doutorando em comunicação e informação (UFRGS) e integrante de diversas redes ligadas a cultura livre e a ética hacker, como Casa da Cultura Digital, Ônibus Hacker e Matehackers (mais infos: http://www.leofoletto.info/bio/). O design é de Tereza Bettinardi (http://terezabettinardi.com/), formada em desenho industrial na UFSM e que já fez trabalhos pra Cosac Naify, Companhia das Letras e hoje é uma das responsáveis pela A Escola Livre (http://aescolalivre.org), espaço de discussão sobre novas formas de fazer e ensinar design. O zine tem 30 páginas + sobrecapa.

BREVE RESUMO DE LA REMEZCLA: Depois de falar da prática do deturnamento criada pelos situacionistas franceses, a 2º edição do zine do BaixaCultura amplia o número de páginas, textos e artistas convidados para tratar de um dos nossos grandes temas contemporâneos: LA REMEZCLA. Remix. Remistura. Desvio. Plágio. Cópia. (re) criação. (re) combinação. Várias palavras para abordar um mesmo assunto, sempre presente nestes quase oito anos de BaixaCultura e na vida de todo mundo que tem a internet como habitat. Porque, como dissemos certa vez, numa sociedade dominada pela explosão de informações, talvez seja mais conveniente explorar as possibilidades de ressignificação daquilo que já existe do que acrescentar informações redundantes, mesmo quando estas são produzidas por meio da metodologia e da metafísica do “original”. Talvez.

A publicação começa com “REVALORIZAR O PLÁGIO NA CRIAÇÃO“, texto publicado em 2010 que, para falar de remix e plágio na criação artística, plagia e reedita um capítulo de “Distúrbio Eletrônico”, do coletivo Critical Art Ensemble. com trechos recombinados de outros textos, alguns deles destacados ao final da segunda parte como uma espécie de bibliografia, e outros sutilmente citados. Segue para “NOTAS INÉDITAS SOBRE COPYRIGHT E COPYLEFT“, texto de 2005 em que o coletivo italiano Wu Ming se opõe à lógica de defesa do copyright, segundo a qual não é possível conciliar acesso livre às obras e remuneração digna ao artista, entre outros tópicos tratados. É a primeira tradução para o português desse texto, realizada por Reuben da Cunha Rocha (vulgo cavaloDADA) e publicada aqui em três partes durante 2009.

“INSENSATO“, o terceiro texto, é um comentário de Jamer Guterres de Mello sobre sua dissertação de mestrado em educação na UFRGS, construída e apresentada com colagens, trechos de citação escritas a mão ou datilografados, fotos, colagens fotos-textos, tal qual um zine. Jamer, atualmente doutorando em comunicação e editor do Zinescópio, reflete sobre métodos científicos para uso nas ciências humanas a partir de diversas referências do cinema – em especial Orson Welles, Rogério Sganzerla e Jean-Luc Godard – e da literatura, Burroughs e o cut-up à frente, para trazer a estética dos fanzines como afirmação dos conceitos de Gilles Deleuze de potências do falso e do simulacro. São trechos desse trabalho que ilustram a sobrecapa destacável de “La Remezcla”.

Os dois últimos textos são de 2012 e trazem reflexões de dois escritores de hoje sobre criação artística e remix-plágio-recriação. O primeiro é uma “A LITERATURA SAMPLEADA DO MIXLIT“, uma entrevista com Leonardo Villa-Forte, criador do MixLit, espaço em que ele remixava autores distintos para produzir novos contos. Depois do MixLit Leonardo ainda faria oficinas de Remix Literário, o Paginário (instalação em espaço público com trechos de livros de ficção), além do mestrado em literatura na PUC-RJ sobre – adivinha o quê? – remix, além de produzir dois livros de ficção: “O Explicador”, volume de contos, e “O princípio de ver histórias em todo lugar”, romance, ambos publicado pela Editora Oito e Meio em 2015.

E “O FALSO PROBLEMA DA ESCRITA NÃO CRIATIVA” é Reuben da Cunha Rocha refletindo sobre o roubo na literatura a partir da circulação de Kenneth Goldsmith e a propagação do rótulo “escrita não-criativa”, num texto publicado aqui em 2012: “se a autoria é um fenômeno moderno tal como a conhecemos, o plágio criativo também o é, como atesta a energia que gigantes da modernidade como Lautréamont ou Walter Benjamin nele empregaram, o impulso de nutrição que o roubo representa em suas obras”, escreve o poeta, um dos criadores do BaixaCultura e autor de “As aventuras de cavalo Dada em + realidades q canais de TV” (2013) e “Na curva da cobra nos cornos do touro no couro do tigre na voz do elefante” (2015).
Mais informações sobre o zine em: http://baixacultura.org/laremezclao-no2

Foto divulgação: Fotolivre.org.”

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