DO FEICEBUQUI. A vaca que voa, o primeiro ‘comido’ e o secretário que recusou ser pautado por repórteres

O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – um deles do colega Daniel Ito Isaia. Confira:

A “ISENÇÃO”, O DISCURSO DO PODER E VIEIRA DA CUNHA

Olha que os repórteres bem que tentaram: em vez de ocupação, invasão. Se esforçaram bastante, que se diga. Mas não levaram.

Essa eu ouvi, e não é de terceira pessoa. O secretário Vieira da Cunha, da Educação, como se diz por aí, “deu nos dedos” dos colegas. Refutou a tese da invasão, admitiu a ocupação (das escolas por estudantes), as considerou legítimas e ainda disse que dialogará com os alunos.

No material, a propósito da entrevista (concedida à Rádio Gaúcha), publicado na versão online de Zero Hora, uma citação do secretário merece ser transcrita:

“Os alunos são pouco ouvidos, têm pouca voz. Eles são os verdadeiros donos das escolas, queremos dialogar e conversar. Eles têm de participar mais das definições das políticas públicas e das decisões sobre as prioridades de investimento. Eu quero abrir a secretaria e também ir ao encontro deles para que eles possam participar mais da gestão. Assim é que vamos distensionar o ambiente”

(*) SOU, como os que me conhecem sabem, muito parcimonioso nessa história de fazer elogios. Mas não sou (ou tento, ao menos) injusto. E, que se diga: Vieira da Cunha foi corajoso. Não é fácil contrariar a nave mãe, quando ela tenta impor, “com isenção”, o discurso do poder.

(*) Tenho muita curiosidade de saber qual a opinião dos próceres locais do pedetismo, acerca da ocupação das escolas locais.

A “COINCIDÊNCIA”…

…notada pelo jornalista Daniel Ito Isaia, a propósito das gravações envolvendo o ex-ministro, e que vale transcrever:

“Romero Jucá, em março: “O Aécio vai ser o primeiro a ser comido. A única saída é o impeachment.”

Poucos dias depois do afastamento de Dilma, o ministro do STF Gilmar Mendes suspendeu todas as investigações contra Aécio Neves.

Ah, mas deve ser coincidência.”

QUESTÃO DE FÉ

Conheço um cara que jura, de pés juntos, colocando os dedos cruzados sobre os lábios, ter visto um elefante dançando na avenida Rio Branco.

Tenho outro amigo que garante: vaca voa. E o faz tão lindamente quanto um dos balões que cobriram os céus santa-marienses, dias atrás.

Mas não existe ninguém mais crédulo (e eu o respeito demais por isso) que o José Luiz. Este, não há dúvida, vai para o ceu. Quanto mais não seja por acreditar que a conversa do Romero Jucá com o Sérgio Machado foi mesmo sobre a crise econômica e a forma de estancá-la. Derrubar Dilma? Parar a Lava Jato (deixando apenas a periferia se ralar)?  Isso é delírio pagão, lamenta o José Luiz.

E, claro, eu acreditei também, pois a companhia dos anjos me parece bem agradável.