Surpresa. PMDB deverá ter convenções municipais neste ano. E em Santa Maria, haverá disputa?
O roteiro era (ou ainda é) outro: por determinação do Diretório Nacional, o PMDB prorrogou os mandatos de todos os seus dirigentes, de alto abaixo, por um ano. Isto é: quem se elegeu em 2007 ficará até outubro de 2010, depois das eleições para Presidente, Governador, 2/3 do Senado e deputados federais, estaduais e distritais.
Um fato, porém, está mudando esta situação. Pelo menos no Rio Grande do Sul. Se em nível nacional, o máximo que se cogita, dentro da luta pelo poder na sigla, é uma licença do atual presidente, Michel Temer – que, com o perdão do trocadilho, teme perder o poder no partido para o grupo de José Sarney e Renan Calheiros, entre outros – no território gaúcho a situação é diferente.
Estima-se, segundo boa fonte, que em abril, pressionado por muitos diretórios descontentes com a derrota (na casa deles, bem entendido), o Diretório Estadual determinará que, abaixo do Mampituba, as direções locais serão eleitas em convenção no final de outubro. Quer dizer: instala-se, em princípio, uma disputa que muitos gostariam de evitar, por conta do pleito estadual de 2010.
De todo modo, a questão é: aprovada a realização de convenções, como se comportará o partido em Santa Maria? Aqui, depois de um terrível confronto interno em 2005, arrancou-se, a caro custo, um acordo em 2007, patrocinado por aquele que seria eleito prefeito um ano depois. Cezar Schirmer, e seu grupo, desconfiado de que uma fratura provocada pela disputa entre dois candidatos, poderia minar a campanha eleitoral, fez o que (quase) nunca fizera antes: cedeu posições importantes aos descontentes. Mas mantendo a presidência, entregue a Renato Nicoloso (foto), o então assessor do na época deputado federal.
E agora, o que acontecerá, na hipótese de aprovação de nova convenção? O palpite claudemiriano é que algum tipo de acordo sobreviverá. Mas como isso ocorrerá é algo para discutir com vagar. Até outubro. O certo é que a luta por posições internas se instalará. Democraticamente. Mas com algum barulho, como é do feitio peemedebista.
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