DO FEICEBUQUI. O assalto e a falta de polícia. E as implicações do humor na política, via Getúlio Vargas
O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – dos amigos Laurem Aguiar e Giorgio Forgiarini. Confira:
A TRISTE…
…e atemorizante (e mais que isso, por certo) experiência da assaltada Laurem Aguiar, que vive na capital:
“Na noite do meu aniversário, pagando a conta do aluguel. Um homem entrou na agencia do banco (CEF – Bom Fim) e me obrigou a tirar dinheiro da minha conta.
Disse que outros esperavam do lado de fora, que estava armado, que era pro meu companheiro ficar longe de mim.
O homem que me assaltou não tirou de mim só o dinheiro. Tirou de mim a segurança e falsa liberdade que tinha até então.
Tive medo de que ele nos ferisse, tive medo que nos levassem para outro lugar. Hoje, estou com medo.
Do outro lado da rua haviam duas viaturas do BOE, dentro da agencia tinham câmeras. Nada disso impediu o homem que sem qualquer preocupação, tirou de mim a vontade de andar sozinha.
O gerente da Caixa no outro dia, se quer perguntou o meu nome, apenas garantiu que nada poderia ser feito.
A polícia nada fez. Está mais preocupada em prender estudantes que protestam pela volta da nossa democracia.
Até quando vamos viver em terra de ninguém? Quando roubar vai deixar de ser interessante porque as pessoas vão ter a oportunidade de ter emprego digno? Quando a nossa vida vai começar a importar? Senhores golpistas: Sartori, Melo, Temer.. alguma resposta!?”
O DISCRETO…
…Getúlio Vargas e, claro, seu senso de humor, nas palavras de Giorgio Forgiarini:
“O senso de humor e suas implicações na política.
Espirituoso, Getúlio Vargas (na foto ao lado, de Reprodução), ao mesmo tempo em que fazia exaltar sua liderança, evitava o culto à sua imagem, pelo menos da maneira como faziam seus contemporâneos Stalin, Hitler, Mussolini e Franco.
Era discreto, não por modéstia ou timidez, mas por precaução.
Baixinho, gordo e careca, não gostava da ideia de ser alvo de chacotas, principalmente do povo do Rio, notório pela irreverência.
“O anedotário do povo foi meu guia, indicando-me o caminho certo através do sorriso amigável e do suave veneno destilado pelo bom humor dos cariocas”, disse certa feita.
Sorte dele que não tinha Facebook à época.”
Resposta é simples. Militante que sofre expropriação de um revolucionário primitivo não pode reclamar. Defendem o fim da propriedade privada, mas é a dos outros.
Gêgê, a esfinge dos pampas. Falava inglês, francês e italiano. Hoje? A revista The Economist desta semana aborda a política na era da pós-verdade. Brasil está atrasado ainda, mas para picaretagem o atraso não é grande. Também é mencionado o impeachment e o racismo na terrinha.