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Sua gargalhada não tem graça! – por Alice Elaine Teixeira de Oliveira

Parece uma piada, mas a multidão toma conta da cidade com suas tochas e velas acesas. Os luzeiros não iluminam como gostaríamos. Tempo de escuridão e densas trevas. Medo!

Quem os defendem são inúmeros. Gente do bem que só deseja o melhor para suas famílias. Pessoas de princípios e caráter. Pregadores da vontade divina, mas, qual seria este deus mesmo? De fato, não Aquele que fez de “um só homem todos os homens”…

A turba avança com carapuças repulsivas e rostos ferozes. Uma massa de gente nervosa, hostil e violenta. Empunham uma bandeira de ódio e intolerância, mas, note que a palavra intolerância não se refere ao fato de não tolerarem o que é mal, mas o de não tolerar o que seja diferente deles.

Escudam suas doutrinas em velhas tradições humanas, em questões de domínio entre povos. Seus argumentos são aos berros, gritos e agressões! A base de suas ideologias está na ingênua falta raciocínio.

Defendem e matam em nome de uma cor e de mortos. Odeiam seu semelhante por não acharem semelhança, e esta mesma é visível na própria cor do sangue, que sempre foi derramado sem verter um pingo do sentimento humano de compaixão.

São muitos, numerosos e perigosos. São jovens, adultos e idosos que se julgam superiores, uma supremacia. Um ato imperdoável, ensino básico do Cristo bíblico, a quem afirmam seguir. Estupidez…

O mundo assiste perplexo! À luz do dia e a luz das tochas, eles andam por entre as ruas de um lugar, mas estão por toda parte! Engana-se quem acredita que são só aqueles tantos, pois gente assim está por todos os cantos da Terra.

Seu vizinho que odeia a mulher religiosa de saia, ou a que usa turbante. O policial que despreza o menino careca com cicatriz na cabeça. A atendente de loja que nem sequer dirige o olhar para a senhora de chinelos. O cobrador de ônibus que chuta o menino que dribla a roleta. Estão por todos os lados…

Ser melhor que um negro, que uma mulher, que um pobre, que um rico. Ser melhor porque nasceu no sul, ou neste ou noutro país. Ser melhor porque aprendeu a ler, teve oportunidades na vida ou porque é bonito. Ah… quanta supremacia idiota e mesquinha!!!

Mas, ninguém ri da morte e ela sobrevêm a todos.

Por este pequeno/grande motivo é que nunca mais, nenhum humano que honre e acredite em sua origem comum, deveria usar “KKK”, em símbolo de uma risada, em lugar algum. Isto não é engraçado! Nunca foi!

🙁

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