Feisma 2017

FEISMA. Saiba para onde vai o teu lixo? Não??? Então se surpreenderá na forma como é feito o tratamento

Por MAIQUEL ROSAURO (texto e fotos), da Equipe do Site

No estande da CRVR na Feisma é possível conhecer as técnicas utilizadas no aterro sanitário da empresa em Santa Maria

Qual o destino do lixo que sai da porta da sua casa? E como este material é tratado? Na Feisma, estas e outras respostas você encontra no estande da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), empresa que integra a multinacional brasileira Solví.

Em Santa Maria, a CRVR opera a Unidade de Valorização Sustentável (UVS) localizada na Estrada Geral da Caturrita, no distrito de Boca do Monte. O local recebe, em média, 400 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico e de varrição de ruas) provenientes de 43 municípios da região Central do Estado.

Ao chegar à UVS, os resíduos passam por uma esteira de triagem onde é realizada a seleção de material reciclável (vidro, plástico, papel e metal). No local, atuam 30 apenados que participam de um projeto de ressocialização. Logo depois, os rejeitos partem para o aterro sanitário, uma espécie de depósito no qual os resíduos são acumulados em camadas.

O solo do aterro sanitário é preparado através de um rigoroso controle técnico para que não haja contaminação das áreas do entorno e de forma que ocorra o monitoramento das emissões de gases provenientes da decomposição dos resíduos. A cobertura é feita com uma camada de solo a fim de evitar vetores, como moscas, por exemplo, e emissão de fortes odores.

São usados drenos metálicos para realizar a queima do biogás no próprio aterro, enquanto que o lixiviado (também conhecido como chorume) gerado pela decomposição dos resíduos é direcionado por canalizações até lagoas de acumulação. Posteriormente, é transferido para a estação de tratamento, local onde é utilizada a técnica de Osmose Reversa.

A técnica consiste de uma série de filtros onde a filtração ocorre pela passagem do efluente em areia e em filamentos de polipropileno (membranas). O processo tem início em um tanque de chorume que tem por finalidade regular o pH. Em seguida, o material é levado ao sistema de membranas, para a filtração. Depois, é encaminhado para o tratamento de Osmose Reversa por uma bomba de alta pressão.

Para você entender melhor, imagine um filtro de café. No filtro, as partículas de café ficam retidas ao inserir água. Na Osmose Reversa o chorume é inserido em mais de 5 mil módulos de filtros para que a sujeira fique retida e passe apenas água potável. O que não passa pelos filtros volta para o aterro sanitário em um ciclo fechado. Já o efluente final tratado apresenta qualidade que permite a utilização como água de reuso na irrigação de áreas verdes.

“Nosso objetivo na Feisma é divulgar os valores que geramos para a sociedade, pois as pessoas não sabem para aonde vai o lixo de suas casas. Também estamos mostrando aos visitantes como lidamos com o resíduo e ainda aproveitamos para fazer uma ação ambiental, incentivando a separação do lixo reciclável”, explica o engenheiro sanitarista ambiental e supervisor da unidade da CRVR no município, Luiz Moacyr de Carvalho Filho.

No estande também é possível conhecer as ações sociais desenvolvidas pela CRVR em Santa Maria, o trabalho realizado em outras UVS da empresa no Estado e ainda conferir mais detalhes sobre as tecnologias utilizadas no tratamento dos resíduos sólidos.

Equipe da CRVR de Santa Maria está na Multifeira e divulga as ações realizadas pela empresa no tratamento de resíduos sólidos

Usina termelétrica a biogás

Agora que você sabe que o lixo da sua casa se transforma em água de reuso, saiba que, em breve, ele também irá gerar energia elétrica. Em 2019, a CRVR pretende instalar na UVS de Santa Maria uma usina termelétrica a biogás de aterro sanitário.

“Na UVS localizada no município de Minas do Leão temos a Biotérmica Energia, que traz um ganho tanto econômico quanto ambiental, através da valorização do resíduo com aproveitamento energético. Hoje, através do lixo podemos atender uma cidade de 100 mil habitantes”, relata Moacyr.

A energia elétrica é obtida através do processo de tratamento térmico do biogás (composto por gases nocivos ao efeito estufa, como o metano) oriundo da decomposição dos resíduos do aterro. A previsão é de que a usina termelétrica de Santa Maria tenha dois motores gerando 1,4 megawatts-hora (MWh) de energia limpa.

PARA CONFERIR TODAS AS MATÉRIAS DA COBERTURA DA FEISMA 2017, CLIQUE AQUI .

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