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EducaçãoTrabalho

JOVENS. O que eles levam em consideração quando fazem sua escolha acadêmica e profissional. Vocação?

Pesquisa da “Educa Insights” apontou que somente 20% dos 1,2 mil jovens ouvidos afirma que o curso superior é um sonho próprio

Por PAOLA SALDANHA (com fotos de Arquivo Pessoal e Reprodução), Especial para o Site

Conclusão do ensino médio, entrada na faculdade e na pós-graduação e conquistar um espaço no mercado de trabalho fazem parte de uma trajetória almejada por muitos. Com a proximidade do final de ano, provas e vestibulares marcam o calendário das instituições de graduação, que abrem suas portas para o ingresso de estudantes nas mais diferentes áreas.

Mas, e no momento da escolha de curso e carreira profissional, o que levar em conta? E como lidar com a pressão da família e amigos? Escolher por vocação ou rentabilidade?

Levantamento encomendado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) e feito pela Educa Insights mostrou que das 1.200 pessoas ouvidas, 66% afirmaram que a graduação é uma importante ponte para o mercado de trabalho.

A pesquisa aplicada em São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro ainda apontou que 8% dos estudantes escolheram a área de atuação por influência dos pais.

A psicóloga e psicanalista Lisiane Hadlich Machado atua há 20 anos na cidade e oferece o serviço de orientação vocacional para aqueles que se encontram em dúvida sobre qual caminho seguir profissionalmente.

A profissional faz uma leitura sobre o período de trabalho e a partir das experiências obtidas na atividade desenvolvida e destaca como as influências externas podem conduzir o jovem a um caminho insatisfatório.

“Eu percebo muita pressão, as famílias influenciando sem querer ou desejam que eles reproduzam padrões, não os ouve e têm dificuldades de comunicação. Há várias conseqüências psicológicas dessa pressão”, salienta.

Tayná : desempenho nesta recente edição do ENEM mais positivo que o anterior (quando saiu do ensino médio). O que se deveria à experiência obtida ao longo da faculdade de Jornalismo

Segundo Lisiane, a orientação vocacional tem o intuito de adequar perfil e profissão, a partir de um olhar mais profundo sobre os gostos e aptidões de cada um. A psicóloga e psicanalista ainda afirma que é importante levar em consideração a maturidade individual do jovem antes do ingresso ao ensino superior, pois o desenvolvimento precoce e a exposição a um novo contexto podem ser prejudiciais e acarretar em conflitos e transtornos emocionais.

“Aquele amadurecimento que o jovem teve muito rápido, eu não vi dar certo. Os pais devem estar atentos aos sintomas de quem entra muito cedo na faculdade e as vezes precisa de um acompanhamento psicológico junto”, relembra.

Entretanto, ainda que com pouca idade, há jovens que decidem muito cedo por onde começar. Esse é o caso de Tayná Lopes Silva, 20 anos, que conclui em 2018 o curso de Jornalismo. O ingresso da estudante no curso ocorreu em 2015, quando tinha 17 anos.

“Minha escolha pelo jornalismo foi baseada nos meus interesses próprios, a partir das características que no ensino médio manifestavam-se em mim, como gostar de produzir vídeos, a minha criatividade, o amor por ler livros, o rápido memorizar de textos e apresentá-los sem vergonha e com boa oralidade, por exemplo. Tive a sorte de poder optar pelo que meu coração indicava e não por fatores financeiros ou influências familiares, escolhendo então o Jornalismo”, conta a formanda.

E a poucos meses de jogar o chapéu de formatura para o alto, Tayná jogou sua concentração na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para tentar cursar Licenciatura em Teatro.

Evandro revela que primeiros anos de processo seletivo foram os que mais afetaram sua saúde mental, mas atualmente busca lidar com a pressão com mais tranquilidade e com apoio da família

“Acredito que nunca deve-se parar de estudar o que nos encanta, por isso optei fazer outro curso. Uma das formas de seguir descobrindo, conhecendo, cruzando limites é continuando na faculdade e tenho em mente que o conhecimento é infinito e está por aí pra gente interagir com ele, descobrir novas ideias, experimentar. E não falo somente de conhecimento acadêmico, mas de todos os tipos de saberes”, argumenta a estudante que desde criança sempre demonstrou gosto pelas artes cênicas e durante a faculdade de Jornalismo também foi aluna de uma companhia de teatro.

Certeza das próprias escolhas também carrega Evandro Fernandes, 21 anos, que há quatro anos busca por uma vaga para o curso de Medicina. O estudante conta que ainda no ensino fundamental descobriu o que gostaria de estudar no futuro, ainda que no ensino médio tenha passado por momentos de conflito.

“Quando entrei no ensino médio e comecei realmente a me preparar para o vestibular me questionei muito. Tive dúvidas pela dificuldade que é o ingressar no curso. Mas sempre foi uma certeza minha, minha pais nunca me influenciaram a tal”, destaca.

Fernandes faz parte de um grupo que ambiciona ingressar em um dos cursos mais concorridos do país. Para tentar alcançar esse cobiçado espaço, o jovem já buscou diferentes metodologias de preparação e organiza sua rotina a partir dos estudos.

“Fiz curso pré-vestibular, mas cheguei um estágio que eu não tinha mais o que aprender, apenas treinar com exercícios. Há dois anos estudo em casa, realizando exercícios e recorrendo à internet quando tenho dúvidas que os livros não resolvem. Tento estudar umas 8 horas por dias, 4h de manhã e 4h de tarde. De noite eu procuro ler clássicos obrigatórios antes de dormir e assistir vídeos aulas sobre assuntos que eu tenho dúvidas”, relata.

A psicóloga Lisiane frisa que os pais devem se manter atentos aos comportamentos dos filhos no que diz respeito a preparação e escolha de profissão. “Os pais devem valorizar os serviços de apoio mental, orientação, psicologia, incentivar o autoconhecimento dos filhos. Os pais também podem ter a consciência de que os filhos são livres para fazer às escolhas deles a partir de suas personalidades”, pondera.

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