CÂMARA. Vereadores já debatem eleição da Mesa. Confira quem pode definir pleito de 31 de dezembro
Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Taísa Medeiros/AICV), da Equipe do Site
A nova eleição da Mesa Diretora do Legislativo de Santa Maria acontecerá apenas no dia 31 de dezembro, quando ocorre a última sessão do ano. Porém, nos bastidores o assunto já é tratado entre os parlamentares.
Conforme uma das lideranças da Câmara, ocorre neste momento uma espécie de ‘pescaria’ na qual os edis tentam ‘pescar’ entre os colegas suas intenções para a votação.
Hoje, a base do governo Jorge Pozzobom (PSDB) é maioria na Casa com onze parlamentares, enquanto a oposição tem dez. Ou seja, basta um virar a casaca no último dia do ano para mudar o controle do jogo em 2020.
Quando a atual Legislatura teve início, em 2017, sob o comando de Admar Pozzobom (PSDB), a oposição contava com apenas cinco membros: os petistas Celita da Silva, Daniel Diniz, Luciano Guerra e Valdir Oliveira, além de Jorge Trindade – Jorjão (Rede).
No fim daquele ano, o governo foi surpreendido com a dissidência de seis parlamentares: Adelar Vargas – Bolinha (MDB), Alexandre Vargas (PRB), Deili Silva (PTB), Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB), Marion Mortari (PTB) e Ovídio Mayer (PTB). Somados aos cinco votos da oposição, o vereador do PRB – hoje Republicanos – foi eleito presidente para o ano de 2018.
O governo Pozzobom deu o troco em dezembro passado, quando repatriou Alemão do Gás, elegendo Cida Brizola (PP) à presidência.
Votação em aberto
O Site apurou que a próxima votação da Mesa Diretora, a última da atual Legislatura, está em aberto. O pleito de dezembro deverá sofrer influência da conjuntura que está se formando para 2020.
Aos vencedores caberá o controle do Legislativo em um ano eleitoral e a nomeação de 16 cargos de confiança (CCs) no Parlamento. Se o governo vencer a eleição, manterá o status quo. Se a oposição virar o jogo, as críticas à Administração Municipal ganharão caráter institucional.
Abaixo, confira lista com alguns parlamentares apontados nos bastidores como determinantes para o resultado da próxima eleição da Mesa Diretora.
Ovídio Mayer (PTB)
Cortejado pelo Progressistas, há expectativa sobre a forma como o petebista votará. Ovídio se manterá fiel ao bloco oposicionista ou adiantará sua aproximação ao PP votando com o governo?
Cida Brizola (PP) e Vanderlei Araujo (PP)
O Progressistas sonha em lançar o atual vice-prefeito Sérgio Cechin (PP) como pré-candidato ao Executivo. Um rompimento com a base no governo na eleição da Mesa Diretora seria um forte recado rumo a 2020.
Adelar Vargas – Bolinha (MDB)
Unificar a bancada do MDB no Parlamento é um dos objetivos da presidente municipal da sigla, Magali Marques da Rocha (AQUI). Isso significa trazer Bolinha novamente para o lado governista no Legislativo.
João Ricardo Vargas (PSDB)
Descontente com os rumos do governo Eduardo Leite (PSDB), o coronel está com um pé fora do PSDB e cogita ingressar em outra sigla em março (AQUI). Mas será que também está disposto a deixar a base do governo Pozzobom?
Luci Duartes – Tia da Moto (PDT)
O PDT é oposição a Pozzobom, mas a vereadora faz parte da base do governo na Câmara desde o início da gestão. Este ano, porém, a relação sofre desgaste. Em abril, a bancada abriu mão de votar unida à moção de Luci contra o projeto de ensino domiciliar – João Kaus (MDB) e André Domingues – Deco (PSDB) votaram contra; em junho, ela abandonou uma comissão especial após desavença com Kaus (AQUI); e, no mês passado, a pedetista se revoltou com as declarações do prefeito em um templo religioso (AQUI).
Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB)
Entre todos os 21 vereadores, é o que mais tem a perder com a nova eleição da Mesa Diretora. No último pleito, disse que votou “pela comunidade de Santa Maria” (AQUI). Desde então, já se passaram quase dez meses e ainda não está claro como o município se beneficiou. Alemão, por outro lado, foi recompensado com três cargos de confiança na Mesa (AQUI) e outros tantos no Executivo (incluindo uma vaga para a filha de sua chefe de gabinete AQUI).
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