A vida segue. Sem Renan no comando, Senado retoma atividades e CPMF é a grande discussão
Não se sabe onde está Renan Calheiros, que pediu licença da Presidência do Senado, no início da noite de quinta-feira. Provavelmente em sua casa, a oficial, em Brasília. Depois, deve viajar – provavelmente em avião de carreira, porque perdeu o direito de requisitar aeronaves da Força Aérea Brasileira. E mantendo a residência porque o novo titular, Tião Viana, não a requisitará. O que faz bem, afinal é interino. E Renan pode voltar a qualquer momento.
Quer dizer, essa é a tese. Na prática, ninguém acredita que o alagoano retorne à Presidência do Senado (e do Congressso), ao final da licença. Ele deverá renová-la. Ou mesmo renunciar ao posto, o que, se acontgecer antes de 31 de janeiro, provocará nova eleição. Aliás, essa possibilidade já assanha uns e outros. Mas não é o mais importante, no momento.
O presidente da hora, vice no exercício do cargo, o petista Tião Viana é o maior interessado em não alimentar a discussão sobre sucessão. Isso, claro, se Renan ainda tiver mandato até o fim da licença (nunca é demais esquecer, ele ainda é processado e poderá ser cassado).
O que interessa a Viana, e ao governo, é tratar da CPMF. A prorrogação já passou pela Câmara e vai agora ao Senado. Embora a discursama toda, não são desprezíveis as chances de aprovação, exatamente nos moldes como quer o governo. Desde que algum tipo de acordo seja prometido – e mesmo que vigore a partir, por exemplo, de 2010. Ou inclua a desoneração das contratações e dispensas de funcionários, uma promessa possível de Luiz Inácio Lula da Silva.
O fato, porém, é que o clima está com menos nuvens no Senado. E isso faz toda a diferença, para quem já conviveu, minimamente, com algum tipo de parlamento. Pode ser o início de um novo tempo – mesmo com Renan Calheiros ainda ocupando a cama principal da residência oficial do Presidente do Senado.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a nota Tião Viana marca reunião da pacificação para terça, de Josias de Souza.
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