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O que o mercado resolve, o governo atrapalha – por Giuseppe Riesgo

O que é necessário? “Um choque de liberdade e capitalismo”, diz o articulista

Ludwig von Mises costumava dizer que “o anticapitalismo só se mantém por viver às custas do capitalismo”. Em outras palavras, o estatismo só cresce e se agiganta porque, do outro lado, há quem produza riqueza e renda para sustentá-lo. Eis a gênese do crescimento no pensamento estatizante mundo afora e o porquê devemos estar alerta a esse tipo de mentalidade.

O livre mercado soluciona porque está voltado às massas. Ou seja, nesse sistema, o patrão é o consumidor. Os seus desejos e anseios, presentes e futuros, ditam as formas, a inovação e a organização dos mercados. Em um ambiente livre, o consumidor guia o mercado e os empreendedores se ajustam ou são excluídos do sistema.

Essa organização – e eis o ponto mais importante aqui -, premia veementemente a inovação. Isso ocorre porque, dados os recursos disponíveis, cria-se uma espécie de corrida contra ao tempo no atendimento às vontades desse mesmo consumidor. Uma porção de empreendedores, em um ambiente livre e concorrencial, pensando sobre o que desejamos hoje e que não sabíamos precisar. Analogamente, a inovação é a busca em trazer o futuro para o presente em atendimento à vontade das massas. Eis o princípio motivador de uma sociedade inovadora.

Mas se as coisas são tão elementares, o que falta para termos um ambiente produtivo e inovador por aqui? A resposta é simples: falta liberdade. Ou seja, ainda somos incapazes de gerar um mercado mais inovador pelo excesso de burocracia e por problemas estruturais básicos.

Utilizemos, por exemplo, os aplicativos de transporte de passageiros (Uber, 99, Garupa, etc.). A inovação, do livre mercado, resolveu e atenuou um gargalo histórico que condenava a nossa população ao estatizado e regulado transporte coletivo de passageiros. Por outro lado, propiciou emprego e renda para uma multidão de desempregados oriundos da máquina de moer sonhos que foi o governo Dilma Rousseff.

O que o governo fez então? Ignorou o básico. Desvalorizou a nossa moeda e manteve os custos produtivos (essencialmente nos combustíveis) extremamente altos. Ou seja, a estatização do mercado de petróleo, seus monopólios legais e a falta de concorrência geraram ineficiências intrínsecas e insuperáveis. O resultado? O encarecimento da inovação dos aplicativos de transporte e sua quase inviabilidade em operar no Brasil.

Esse é só um exemplo, entre tantos!, do governo atrapalhando a evolução dos mercados rumo à eficiência e o barateamento da inovação. A verdade é que o capitalismo e o livre mercado resolvem diariamente problemas reais da população. Isso é feito de forma orgânica, descentralizada e livre nas relações de trabalho. Quanto mais isso é compreendido, mais desenvolvida e capitalizada é a economia de um país.

O resultado é óbvio: a melhoria, sem precedentes na história, dos padrões de vida de todas as classes sociais. Afinal, como bem nos lembra o mesmo Mises: “a sua mera existência já é uma prova do êxito do capitalismo, seja qual for o valor que você atribua a ela”. Precisamos de um choque de liberdade e capitalismo por aqui.

(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

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