Tese? Talvez. Mas o fato é que o congresso, eleito pelo povo, parece não representá-lo
A teoria não é claudemiriana. Nem necessariamente esta (nem sempre) humilde página de internet concorda com ela, na integralidade Mas não custa debatê-la. Inclusive por que é consistente: afinal, os deputados e senadores desta Legislatura representam meeeesmo a população?
Talvez sim. Mas há quem ache que não. Que os parlamentares defendem apenas seus interesses de classe. Seja política, social ou econômica. E que, aí, não há uma identidade capaz de harmonizar os interesses de todos e, notadamente, da maioria – que é pobre, menos letrada e, quase como conseqüência, mal representada. Embora ela também vote.
Quem pensa mais ou menos assim (confira a sugestão de leitura, mais abaixo) é, por exemplo, Marcos Verlaine, jornalista e assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP). Para quem deputados e senadores, embora formalmente eleitos para isso, não cumprem (como regra) as funções básicas de legislar e fiscalizar os atos do executivo e menos ainda formular políticas públicas e representar a população.
E essa incapacidade (ou impossibilidade ideológica) decorre exatamente da origem dos parlamentares. Não há, para ficar num exemplo (embora existam outros) como existirem, na população inteira, 35% de empresários. No entanto, é este o percentual encontrado entre os 594 (513 deputados e 81 senadores) congressistas.
Pior ainda fica quando se percebe a questão, digamos, moral. Só na Legislatura passada, 189 edis federais foram representados no Supremo Tribunal Federal por algum tipo de suposto delito. Isso é mais de um terço do parlamento. Não queremos crer que seja esse o percentual de eventuais envolvidos com a Justiça, tomada a população como um todo.
Repito o que escrevi no início. É teoria. Mas não custa prestar atenção a ela: será, meeeesmo, que o Congresso representa quem nele votou? Provavelmente não. E aí (o que já é, sim, uma opinião claudemiriana) está, quem sabe, as razões por que se resiste tanto a uma reforma política minimamente conseqüente.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira o artigo Um Congresso distante do povo, escrito pelo jornalista Marcos Verlaine, assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), publicado pelo Congresso em Foco.
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