KISS. Pai de vítima, Flávio da Silva, processado por Promotor, depõe segunda e dirá que falou a verdade
Por LUIS ROESE, especial para o site (com foto do Feicebuqui)
Nesta segunda-feira (29), às 14h, o vice-presidente da Associação dos Familiares de Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Flávio José da Silva, depõe no processo em que é acusado de calúnia pelo promotor Ricardo Lozza. No procedimento, chamado de “exceção da verdade“, o pai da vítima, defendido pelo advogado Pedro Barcellos Jr, tenta provar que não caluniou o promotor e que falou a verdade ao dizer que o Ministério Público sabia que a casa noturna funcionava em situação irregular. A audiência ocorre no Salão do Tribunal do Júri do Fórum de Santa Maria.
Na mesma audiência, também estão previstos os depoimentos de Elissandro Spohr, o Kiko, que era sócio da boate e é réu no processo criminal da tragédia, e o advogado dele, Jader Marques. Eles são testemunhas de Flávio na “exceção da verdade”. A audiência desta segunda-feira será presidida pelo juiz Leandro Augusto Sassi, titular da 4ª Vara Criminal de Santa Maria.
O promotor Ricardo Lozza, que está processando Flávio por calúnia, também iria depor em Santa Maria durante o incidente da exceção da verdade, mas pediu que só fosse ouvido em Porto Alegre.
O julgamento da “exceção da verdade” ficará a cargo do Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS), por conta do foro privilegiado por prerrogativa de função a que tem direito o promotor Ricardo Lozza, conforme estabelece o Código de Processo Penal. Se o Tribunal considerar que Flávio falou a verdade, o promotor é que pode responder por calúnia.
Caso a “exceção da verdade” não seja considerada pelo TJ, o processo por calúnia seguirá em Santa Maria. Além de Flávio, é acusado pelo mesmo crime o presidente da AVTSM, Sérgio da Silva, defendido pelos advogados Ricardo Munarski Jobim e Luiz Fernando Smaniotto.
Entrevista coletiva nesta segunda
Logo depois da audiência desta segunda-feira (29), Flávio José da Silva e Sérgio da Silva, pais processados por calúnia, na companhia do advogado Pedro Barcellos Jr, darão entrevista coletiva sobre o processo por calúnia, o momento atual do processo criminal da tragédia e a determinação judicial da entrega do imóvel da Kiss a sua proprietária. A entrevista será no mesmo local da audiência, no Salão do Tribunal do Júri.
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