Eleições 2010

ELEIÇÕES 2010. Fator “São Paulo” esquenta (e muito) o debate que definirá o jogo

Ciro Gomes, o cara que pode fazer diferença no tal “fator São Paulo”. Será?
Ciro Gomes, o cara que pode fazer diferença no tal “fator São Paulo”. Será?

Até as pedras sabem que a definição do jogo eleitoral para a Presidência da República, de alguma maneira, passa por São Paulo. É de lá, poucos duvidam, que sai o (único) candidato competitivo da oposição: José Serra, do PSDB. Sim, este sítio e os não apaixonados sabem que Marina Silva, embora formalmente na oposição, não será exatamente isso. E, mesmo que seja, se tratará apenas de uma posição diferente no pleito. Ponto.

E é em território paulista que se encontra o nó do governismo. Se mesmo Lula teve dificuldades em suas duas disputas vitoriosas, por que acreditar que sua candidata, Dilma Rousseff, terá facilidades? Não, nenhuma chance. Então, o que fazer?

De um lado, a oposição tentando manter tudo como está. Do outro, os postulantes governistas buscando alternativas para, no mínimo, diminuir o dano. É onde entra a possibilidade (e não há como negá-la, a partir da transferência do domicílio eleitoral) de Ciro Gomes, sabidamente um contendor difícil numa campanha, se concentrar numa disputa pelo governo paulista. É o sonho de Lula. Precisa, no entanto, convencer “os russos”. Inclusive Ciro. Mas especialmente o PT.

Que, porém, já se mostra menos avesso do que já foi. É, ao menos, o que deduzo da leitura de reportagem publicada no final de semana pel’O Estado de São Paulo. Ela, ainda que não trate especificamente do tema, mostra com bastante clareza o que seria o tal “fator São Paulo”. O texto é assinado por Vera Rosa e Clarissa Oliveira, com foto de Wilson Dias, da Agência Brasil. Confira:

PT fica refém de Ciro em São Paulo

iniciativa do deputado Ciro Gomes (PSB) de transferir o domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo agradou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas jogou o PT na encruzilhada e dividiu o partido. Embora a tática tenha sido combinada com o Planalto e Ciro diga que será candidato à Presidência – e não ao governo paulista, em 2010 -, o movimento já provocou efeito colateral. Na prática, o PT ficará refém de Ciro no maior colégio eleitoral do País enquanto o destino político do ex-ministro da Integração não for definido.

“A eleição está muito longe e não precisamos ter pressa para acertar nada antes de março”, amenizou o deputado Antonio Palocci (PT-SP). “Compreendo a ansiedade de muitos no PT, mas até agora não sabemos nem mesmo quem será nosso adversário no PSDB.” Ex-ministro da Fazenda, Palocci é hoje o nome mais cotado, nas fileiras do PT, para concorrer à sucessão do governador José Serra (PSDB), pré-candidato à Presidência. Tudo depende, porém, do jogo com Ciro.

Lula não quer a base aliada dividida na campanha e tenta atrair o apoio de Ciro à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Planalto. Sob a alegação de que uma eleição plebiscitária entre o PT e o PSDB é melhor para o governo, Lula insistirá com Ciro para que desista de disputar a Presidência e entre na briga pela cadeira de Serra. Nesse cenário, garante o aval do PT a ele.
Em conversas reservadas, porém, petistas se queixam da interferência de Lula, que obriga o PT a ficar em compasso de espera…”

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