Gestão Pública inteligente! – por Marionaldo Ferreira
“Quando o gestor se enclausura... há um risco de comprometer o seu legado”
As pessoas estão a exigir um Estado/serviço público com maior celeridade nos serviços prestados e com eficiência e eficácia. E isso tem que ser naturalizado, já que os servidores públicos são e devem atender às demandas da população de forma adequada.
Os gestores públicos, para atender essa exigência, têm que entender que a lógica mudou e forçosamente terão que caminhar para a modernização das práticas de gestão.
Não perceber que o modelo que vinham implantando não tem como se manter é não estar ligado nas modificações do mundo.
Para fazer algumas mudanças nessa direção há necessidade de estabelecer no serviço público o que na iniciativa privada está se trabalhando. A famosa e tão falada liderança.
Na gestão pública há uma necessidade urgente de lideranças de equipes, que proponham fazer o novo em benefício do todo.
Liderar é um exercício que exige autoconhecimento e constante aprimoramento de habilidades e competências.
Para conseguir resultados que estabeleçam cada vez mais a proximidade do Estado com o cidadão, há essa necessidade. Uma equipe em um ambiente de colaboração e confiança rende bons frutos.
Fazer como avestruz não convém. Essa atitude, de falar que sempre foi assim e nada muda, tende a não ser saudável para as organizações, tampouco para o próprio gestor, que pode ficar em uma situação de conforto e perder a reflexão crítica de suas condutas e da própria identidade individual e institucional.
Quando o gestor não se renova e se enclausura no seu modelo mental, há um risco de comprometer todo o seu legado de trabalho, o que pode causar consequências negativas para a instituição e para ele mesmo, uma vez que pode tornar sua gestão engessada e limitada por suas verdades, tidas como dogmas.
Há uma dificuldade de se “desapegar” da função e das atividades a ela inerentes, sem a percepção de que essas funções são e devem ser provisórias, o que é paradoxal com as mudanças ocorridas na sociedade e com os novos paradigmas de gestão pública.
As organizações públicas devem, portanto, modernizar seu sistema de gestão, tendo, necessariamente, que realizar uma análise crítica de suas práticas de desenvolvimento de gestores, enquanto desempenham papel estratégico no alcance de objetivos institucionais, o que contribui, sem dúvida, para a qualidade do gasto público.
Cidadãos com certeza agradecerão.
(*) Marionaldo Ferreira é servidor aposentado da UFSM. Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Administração e Marketing, Psicanalista em formação e tem, também, MBA em Gestão de Projetos.
Texto tipico do pessoal de administração. Uma salada de palavras carregada de jargões que diz nada. Tudo muito genérico. Gestão publica no Brasil é o que sempre foi, o que a casa tem para oferecer.