COLUNA OBSERVATÓRIO. Quem imagina campanha como uma corrida de 100 metros entrará pelo cano
Do primeiro debate até o dia da eleição, três meses: muuuitos lances
Mais, muuito mais, a mídia (este colunista incluído) do que o eleitor. Afinal, quem dá bola para o fato de a campanha eleitoral ser invisível não é o cidadão comum. Aliás, exatamente o alvo do proselitismo dos que pretendem o principal cargo do Executivo ou uma das 21 vagas do Legislativo
Foi-se o tempo das campanhas longas e que comoviam multidões. Quem ainda pensa nisso, perde tempo. E tutano. Hoje, embora o calendário proponha três meses, o fato é que os primeiros 45 dias, na prática, se dividem entre visitas (diárias e, sim, cansativas, mas imperceptíveis ao grande público) dos candidatos a grupos pequenos e com algum poder mobilizador, a análise de pesquisas internas e, sobretudo, preparação para mês e meio final, este sim, decisivo.
Há, também, muito mais ciência do que intuição – embora essa possa ser decisiva, em algum momento. Nada mais se faz sem organização e muuuito planejamento. A aqui se trata especificamente das eleições majoritárias, mas o raciocínio, em parte, cabe também aos pretendentes no pleito proporcional.
Dito isto, nada a estranhar no aparente nem-te-ligo do eleitor comum, que é a quase totalidade dos quase 200 mil santa-marienses que irão às urnas. Ele não está nem aí, mesmo. Só se ligará, de fato, mais perto da hora de votar. Os candidatos e as circunstâncias colaboram para esse comportamento.
De maneira que, quem supõe (para não dizer que não se falou em Olimpíada) estar numa corrida de 100 metros rasos, creia, é uma maratona que se disputa. Pode apostar.
Como não há adversário, Boca Grande?? Quer adversário mais forte q o EGO???
É mais não podemos se enganar porque Santa Maria, a muitos anos que não tinha um candidato só para a prefeitura, como os partidos vão se mobilizar se não tem adiversario, apesar de estarem todos do mesmo lado.