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Negócios (2): como encontrar talentos? – por Carlos Costabeber

“Gerir pessoas nada mais é que saber desafiá-las, remunerá-las e celebrá-las” (Jack Welch)

Entra-ano-sai-ano, e a queixa de todos os empresários é sempre a mesma: “não encontro gente qualificada para trabalhar”.

Esse é um paradigma que decidi quebrar há mais de dez anos, depois que adotei uma nova filosofia profissional, convencido que estava de que só as pessoas fazem realmente a diferença.

A solução? Encontrar talentos com o perfil desejado, e formá-los dentro da cultura da empresa.

Claro que o desafio não é nada fácil, pois (1) as empresas não estão qualificadas para essa nova realidade; e (2) é uma nova realidade, que troca os resultados de curto prazo por resultados a médio e longo prazos.

Mas vale a pena!!! VALE-A-PENA !!!

A cultura empresarial do Ocidente procura sempre o resultado imediato. Por isso, contrata-se sempre profissionais já com experiência; e, de preferência, com conhecimentos dentro da área de atuação da empresa.

O problema é trazer gente viciada, e que por meia dúzia de reais vai embora, deixando a empresa na mão. Além disso, corre-se o risco de colocar “uma maçã podre no meio das demais”.

Dentro dessa premissa, quebrei um outro paradigma, que é não contratar profissionais que vêm da concorrência.

Desde então, estou sempre “catando” talentos; e não é raro contratar um jovem que tenha o perfil desejado, sem ao menos saber aonde irei utilizá-lo de imediato.

Aí entra o terceiro paradigma quebrado: não é necessário que o jovem tenha qualquer tipo de experiência empresarial.
Mas aonde encontrar talentos ?

Esse é o grande desafio do comandante da empresa. É preciso ter a “cabeça aberta” e desenvolver uma capacidade muito especial: identificar no meio de tantos candidatos aquele que preenche os requisitos básicos para a função.

Mas, para isso, é preciso dedicar algumas horas do seu tempo, para entrevistar os candidatos; saber a respeito da formação familiar e escolar; o meio em que cresceu e onde convive, e assim por diante.

Com o tempo, a gente desenvolve uma capacidade impressionante para identificar as pessoas que servem, ou que não têm o perfil desejado. É um “olho clinico”, que deixa de lado os velhos paradigmas, e vibra quando encontra um talento promissor.

Na prática, entretanto, as empresas vão juntando uma montanha de currículos, sem qualquer utilidade prática. Aquele jovem com bom potencial de trabalho é recebido friamente na recepção, deixa seu currículo e vai embora.

Por isso, nas minhas palestras para os jovens, critico a forma como elaboram seus currículos. É sempre tudo igual, padronizado. No entanto, as informações que realmente nos interessam na hora de contratar alguém não estão ali escritas. Caberá aos entrevistadores buscar as informações que realmente interessam.

Concluindo: sobram jovens talentosos no mercado; e os culpados são os donos das empresas, que são míopes por não enxergarem; por não saberem distinguir no meio da massa aqueles que poderiam ser a solução para as suas carências de pessoal.

Curto e grosso: deixe de se queixar, de que não encontra gente para trabalhar; abra a cabeça e os olhos, pois os talentos estão bem à sua frente.

Agora, depois de tantos anos seguindo essa cartilha, fico feliz em ver uma equipe “padrão”, feliz, motivada, homogênea;  pois foi construída dentro do perfil desejado, e dentro de uma filosofia moderna de RH.

E os resultados??? Liderança de mercado, satisfação máxima dos clientes, e resultados financeiros acima da média.

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Um Comentário

  1. Parabéns pela matéria, muito boa e realista.
    Essa cultura cheia de paradigma que se encontra nas empresas é desmotivadora, eu mesma faço ADM e Não vou seguir carreira especificamente na área porque sou contra todo esse sistema de empresas que só sabem cobrar e não dão nenhuma base para o funcionário, como se o contratado tivesse o Dever de fazer tudo acontecer. Vejo que meus colegas de profissão também sentem isso, uma responsabilidade por algo que não temos idéia do que seja, porque não fomos nós quem construímos.
    Muitas vezes a empresa nem mesmo sabe o que ela quer do profissional, o que é mais ridículo ainda!
    Agora, a pulga que ficou é: Quais são esses diferenciais em um currículo? De fato vejo todos e mesmo o meu é padronizado. O que acrescentar? O que retirar? Fale mais sobre isso, por favor, afinal, eu tenho aulas de RH e já aprendi sobre currículos, mas acredito que minha professora seja incompetente, pois ela mandou padronizar mais ainda!
    Abraços!!

  2. Como o próprio Carlos Costabeber destaca, sua política de RH é plenamente adequada para o seu tipo de negócio. Os resultados confirmam. Mas a que se destacar que olhando o mercado de forma mais ampla, políticas de RH com outras características devem estar presentes. Percebo no texto a importante preocupação com o aproveitamento de jovens que estão ingressando no mercado de trabalho, mas o mercado atual não é formado somente de jovens e que têm de ser absorvidos em benefício da economia do país talvez por empresas que utilizem outro modelo de política de RH.

  3. Parabéns Claudemir, as contribuições do Prof. Carlos Costabeber estão sendo uma mais valia para o site.
    Ao Prof. gostaria de parabenizá-lo mas os resultados já dizem tudo.
    Ótimo espaço e que os artigos além de continuar surtam resultados.
    Abraço

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