PRINCÍPIOS. Este sítio NÃO É imparcial. E tem mais: DUVIDE de quem disser que é. NINGUÉM É!
Ultimamente tenho concordado pouco com Ricardo Noblat, jornalista hoje vinculado às Organizações Globo e que assina o pioneiro (e maior e mais lido) BLOGUE de internet. Mas isso não importa. O que interessa é que o sujeito é profissionalmente honesto. Agora, leia o que ele escreve sobre a tal “imparcialidade”, tão cantada pela mídia, inclusive aqui em Santa Maria. Depois, lá embaixo, um acréscimo claudemiriano. Confira:
“Sobre a imparcialidade do jornalista
Este é um dos mitos cultivados há mais de século: jornalista é imparcial. Ou tem obrigação de ser.
Ninguém é imparcial. Porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante. E ao fazer toma partido.
Quando destaco mais uma notícia do que outra faço uma escolha. Tomo partido.
Quando opino a respeito de qualquer coisa tomo partido.
Cobre-se do jornalista honestidade.
Não posso inventar nada. Não posso mentir. Não posso manipular fatos.
Mas posso errar – como qualquer um pode. E quando erro devo admitir o erro e me desculpar por ele.
Cobre-se do jornalista independência.
Não posso omitir informações ou subvertê-las para servir aos meus interesses ou a interesses alheios.
Se me limito a dar uma notícia devo ser objetivo. Cabe aos leitores tirarem suas próprias conclusões.
Se comento uma notícia ou analiso um fato, ofereço minhas próprias conclusões. Cabe aos leitores refletir a respeito, concordar, divergir ou se manter indiferente.
Jornalista é um incômodo. E é assim que deve ser. Se não for não é jornalista.”
ACRÉSCIMO CLAUDEMIRIANO: a única coisa que eu acrescentaria, além do fato de me irritar profundamente quando ouço colegas e especialmente veículos se dizendo imparciais, é que este sítio e seu editor se consideram sobretudo INDEPENDENTES. O que tem um grande significado, muito para além do que alguns chamariam de “isenção”. Não, nada de isento, que é primo-irmão da “imparcialidade”. Independência. Simples assim. E não é pouco, creia.
Portanto, se alguém afirmar que este (nem sempre) humilde repórter é parcial, não precisa nem tentar me defender. Pode acreditar. Sou, mesmo. Mas com minha independência intelectual. E acho que sou honesto profissionalmente, assim me comportando e afirmando.
Ah, pra fechar: se alguém arrotar imparcialidade, descreia. Não é verdade.
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Grande Claudemir, concordo plenamente com suas colocações. Tenho pavor dos “muristas”, até pelo fato de ninguém conseguir ser equilibrista o tempo todo. No momento que escolho uma roupa para sair de casa já estou sendo imparcial. O que devemos manter é a coerência. ” Viva a independência” Por isso, que leio este blog.