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COLUNA OBSERVATÓRIO. A questão da segurança no centro, a tranca e o ferrolho

Mais que tranca, a prefeitura, com o auxílio de todas as forças de segurança e operadores em geral do bem estar da sociedade, pôs um ferrolho na porta arrombada da insegurança. Desde quarta-feira, não há venda de bebidas alcoólicas no entorno da praça Saldanha Marinho. E sobram guardas e afins pelo centro da cidade.

Foi uma reação que se deu na mesma proporção do desconforto, para não dizer a ira, de parte significativa da comunidade, mobilizada a partir dos estudantes do Centro Universitário Franciscano, líderes do protesto e do pedido por mais segurança – após o brutal assassinato de um jovem universitário no início da manhã dominical.

O diabo é que, a menos que se utilizem recursos absolutamente inexistentes, tanto na comuna quanto no Estado, é virtualmente impossível manter o esquema atual por longo período de tempo. Este é um dado insofismável.

De outro lado, as demandas tendem (e não se está sendo catastrofista, aqui, apenas expondo o óbvio – que, de resto, não é desconhecido das autoridades) a se ampliar. Sem falar que os cidadãos, jovens ou não, precisam, sim, se divertir. E têm o direito de fazê-lo sem precisar se esconder em suas casas.

Como resolver? No curto prazo, o paliativo se percebe bem aplicado, ninguém tem dúvida. Mas e mais adiante? Esse é o desafio que precisa ser encarado por quem, afinal, pode fazer algo, com o apoio do cidadão. Aliás, se houver algum vacilo na administração do problema real, faltará tranca de ferro, quanto mais de ferrolho.

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