OBSERVATÓRIO. Vai começar o “pega pra capar”

Concluída a formação do secretariado do futuro governador, José Ivo Sartori, já é possível, enfim, partir para o que interessa – do ponto de vista dos partidos aliados, no interior do Rio Grande do Sul, inclusive Santa Maria.

É óbvio que os secretários terão grande influência, bem como seus partidos de origem, na hora de definir os Cargos de Confiança regionais. Mesmo que estes se reduzam em quantidade, e ainda haverá funções político-administrativas relevantes a ser preenchidas por quadros políticos.

Por conta do ecumenismo perpetrado por Sartori, que ofereceu (e foram aceitas) secretarias quentes para as siglas que aderiram ao projeto de governo, mesmo que se diga que não há “porteira fechada”, no caso da boca do monte, para ficar na comuna, em tese sobrou pouco para o PMDB. Que terá, inevitavelmente, de disputar espaço com PDT e PP, sobretudo, mas também com o PSDB, para emplacar alguns de seus quadros.

A rigor, só na área da Saúde (e sua coordenadoria regional), o peemedebismo poderá mandar, com influência de Osmar Terra, fiador do secretário João Gabbardo, que já foi seu adjunto, no governo de Yeda Crusius.

Agricultura, Educação, Transportes e Obras ficaram com aliados que, por aqui, tentarão impor suas escolhas. E já há bastante gente assanhada pelas importantes posições políticas que surgirão a partir de meados de janeiro.

Assim, a menos que um grande (mas improvável) acordão seja costurado, e há pouco tempo para isso, pode-se aguardar um grande “pega pra capar” nos bastidores das escolhas a ser feitas por partidos e seus figurões.

Para o PMDB ficará difícil sustentar suas opções, por exemplo, se Cezar Schirmer, do primeiro escalão de aconselhamento de Sartori, mantiver sua disposição pública de não indicar quem quer que seja. Mas, e se ele vetar alguém, como vai ficar? Pooois é…