KISS. Proprietários da boate vão falar. E os familiares não escondem expectativa. Kiko é a chave, diz um pai
Na sexta-feira, dia 27, completaram-se exatos 34 meses decorridos desde a tragédia que, naquele janeiro de 2013, matou 242 meninos e meninas. Dias antes, dois dos réus por homicídio qualificado depuseram na Justiça em Santa Maria. Nesta semana, novos depoimentos. Desta vez dos proprietários da boate, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, o Maurinho. O primeiro aqui, o segundo na capital, onde ambos residem
No mesmo dia em que lembravam a tragédia e suas vítimas, os familiares fizeram uma vigília na tenda que está na Praça Saldanha Marinho, além de participarem de missa na Igreja do Bonfim. E não escondiam sua expectativa em relação aos depoimentos desta semana, como você pode conferir no material originalmente publicado pelo jornal A Razão. A reportagem é de Tiago Baltz, com fotos de Deivid Dutra. Acompanhe:
“Pais de vítimas da Boate Kiss aguardam com expectativa o depoimento de Kiko…
… Na sexta-feira, a tragédia da Boate Kiss completou 34 meses. Em função da data, o Movimento Santa Maria do Luto à Luta e a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) realizaram uma série de atividades, entre elas uma missa e uma vigília na tenda da associação, na Praça Saldanha Marinho. Um dos principais assuntos abordados foi o tão esperado depoimento de um dos ex-sócios da Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, marcado para terça-feira, às 13h30, no Fórum de Santa Maria.
“Esperamos que o Kiko esclareça alguns pontos. Ele é a chave principal de tudo que aconteceu, principalmente, na questão do termo assinado junto ao Ministério Público (MP). Alguém ou alguma entidade, deu respaldo para que o estabelecimento funcionasse daquela forma. É preciso que assumam a responsabilidade”, ressaltou Flávio Silva, responsável pelo Movimento Santa Maria do Luto à Luta.
A mesma esperança carrega o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sérgio da Silva. “Não teve nenhum fato novo nos depoimentos dos últimos réus. Quem pode trazer algo novo é o Kiko. Vamos até o fim nessa luta”.
Para Maria Aparecida Neves, mãe de Augusto Cezar, que morreu aos 19 anos na tragédia, os depoimentos do ex-roadie da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Bonilha Leão e do ex-vocalista, Marcelo de Jesus dos Santos, foram uma verdadeira “palhaçada”. “Um deles colocou a culpa no Danilo (ex-gaitero). Botar a culpa em quem já morreu é fácil. Espero que o Kiko não faça o mesmo teatro que eles fizeram e diga tudo que sabe”.
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