IMPRESSA. Na coluna desta quinta, uma tarefa que não é para os candidatos: o ‘tiroteio’ nas redes sociais

Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta quinta, 20 de outubro, no jornal A Razão:

Uma tarefa que não é para os candidatos

Há um incrível recrudescimento da agressividade nas postagens (algumas beirando a ofensa grave) dos militantes de internet, habituais ou recém-chegados, alguns deles escondidos (uma covardia óbvia) sob pseudônimos. A principal das redes sociais, o Feicebuqui, é o “lar” favorito desse tipo de manifestação.

As notas publicadas por este editor, por exemplo, estão recheadas de comentários, muitos deles simplesmente “fora da casinha”, de tão agressivos que soam absolutamente falsos até para uma criança de 10 anos – se alguma delas perdesse tempo lendo esse tipo de baboseira.

Mas, atenção: essa não é uma tarefa cumprida pelos candidatos. Quem delas se incumbe são militantes, das mais variadas gradações. Alguns, percebe-se, incomodados. Mas estão ali, até para o outro lado não reinar sozinho.

O mais curioso disso tudo é que não há chance alguma, pela forma como é feita, de alguém conquistar voto com a atividade. Só quem se manifesta (e lê) são os já decididos. Então…

ESTOQUE DOBRADO…

É possível que já amanhã, quando a meteorologia prevê “tempo bom”, se perceba um aumento significativo do número de bandeiras dos candidatos finalistas do pleito, no maior número possível de esquinas de Santa Maria.

…NA ÚLTIMA SEMANA

Já se sabe que esse é o instrumento de campanha mais popular (porque relativamente barato e quase o único permitido por lei) entre os concorrentes. E a cidade deverá ser inundada por ele na última semana de campanha eleitoral.

ENDURECER. MAS SEM…

Há quem comece a notar um certo endurecimento nas palavras dos candidatos, faltando uma semana para o final do trololó eletrônico. E é verdade. Alfinetadas (e algumas podem doer) surgem aqui e ali, dos dois lados.

…PERDER A TERNURA

Mas o fato é que, e isso é bom (o eleitor santa-mariense não costuma perdoar agressões), aparentemente, o tucano e o petista tomaram para si a frase famosa de Che Guevara:  “Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.