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Cinco reportagens investigativas produzidas em Santa Maria que você precisa ler – por Maiquel Rosauro

Fui convidado para ser jurado do 4º Prêmio Universitário de Jornalismo da Unifra, em novembro do ano passado, na categoria Digital-Reportagem. No total, recebi 14 matérias, todas muito bem produzidas.

Os critério de avaliação, segundo os organizadores eram: qualidade, relevância, criatividade e/ou apresentação (visual/formatação). Nisso, selecionei as cinco reportagens que mais me surpreenderam com base nestes quesitos.

Infelizmente, não pude comparecer à entrega dos prêmios, pois no mesmo dia eu estava envolvido com meus trabalhos de assessoria de imprensa e com matérias deste site. Uma pena, pois gostaria muito de ter conhecido essa nova geração de talentosos repórteres.

E para provar que tem uma turma de excelentes jovens profissionais pedindo passagem, compartilho abaixo as reportagens premiadas. Os links para as matérias estão nos títulos, junto a uma breve comentário meu sobre o material produzido:

Menção Honrosa:
Parir não deve ser “um parto”: Violência também está dentro dos hospitais
Autora: Natália Librelotto
A reportagem trabalha com um tema atual, delicado e ainda pouco explorado na imprensa brasileira. Contudo, a autora entra sem rodeios no assunto e nos apresenta um chocante mundo de dor, sofrimento e submissão incompatíveis com o século em que vivemos. Não é apenas uma reportagem, é um dos melhores trabalhos de jornalismo investigativo que li em 2017.

 

3º Lugar
Transfobia e o recorde que não queremos ter
Autor: Deivid Pazatto
A reportagem é um soco no estômago e nos faz refletir sobre como tratamos determinados grupos da sociedade. O autor foi muito hábil ao trabalhar com dados nacionais e, em seguida trazê-los para a nossa realidade. Um trabalho investigativo por excelência.

Geração Bad: a gíria e o sentimento
Autor: Arcéli Ramos
Às vezes, a melhor pauta passa bem diante dos nossos olhos e nem percebemos. É o caso desta interessantíssima reportagem que aprofunda uma situação que passaria despercebida pela maioria das pessoas, mas nunca por um jornalista. Já nos primeiros parágrafos a autora explica a problemática com objetividade e desenvolve uma reportagem rica em detalhes até o ponto final. Entre todos os textos que li, este foi o que mais me impressionou, pois o talento da repórter se sobressai em toda a construção.

 

2º Lugar
Óleo sobre Tela
Autores: Gabrielle Righi e Natália Rosso
É o melhor texto que li em 2017. Transparece o capricho em cada parágrafo e uma criatividade única para trabalhar as informações trazidas pelos entrevistados. E o mais impressionante: toda a reportagem foi redigida em 1ª pessoa do plural.

 

1º Lugar
Adoção é doação: um ato de amor
Autores: Leonardo Bedin Jordão e Bruna Germani
O que caracteriza uma boa reportagem? O uso da técnica da pirâmide invertida, um lide na abertura, a objetividade em cada parágrafo, a edição de quase todas as falas dos inúmeros entrevistados… Mas o que acontece quando todas estas regras são quebradas? O que acontece se o texto introdutório for simplesmente suprimido? O que acontece quando deixamos o entrevistado fazer o seu relato? A reportagem que ficou em primeiro lugar é o melhor exemplo de que regras podem (e devem) ser quebradas, pois foi montada basicamente com histórias e uma entrevista. E é a partir destes relatos que o leitor mergulha em toda a problemática proposta e constrói todo o seu entendimento sobre o assunto. E tudo isso só foi possível graças a um texto impecável, que possibilita uma leitura rápida, porém profunda e, por vezes, emocionante.

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