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Uma história sobre trilhos: os 63 anos de Restinga Sêca – por Paulinho Salerno

“Uma história (preservada) de lutas, reivindicações e de muitas conquistas”

A história de um povo é propagada de muitas maneiras: através de jornais, de escritos, de fotografias, do rádio, da TV e hoje com a ajuda da internet. Quando não havia tanta tecnologia, as informações demoravam a chegar. Agora, tudo é praticamente instantâneo, na palma das nossas mãos.

Já a nossa história, enquanto município, se dá muito através dos relatos de outra história, que vai paralela de leste a oeste do Estado. A construção da estrada de ferro Porto Alegre-Uruguaiana, ainda no século XIX, demandava que os trens fizessem algumas paradas, para abastecer suas caldeiras.

Surge a localidade da Caixa d’Água, às margens da sanga Restinga. Mais tarde, graças a Domingos Gonçalves Mostardeiro, cujo nome hoje é perpetuado como praça central, é construída a Estação Férrea Restinga Sêca. Surgem os primeiros comércios, dando largada para o crescimento, primeiro enquanto localidade, mais tarde Vila e caminhando a passos largos para se tornar algo ainda maior. Em 23 de março de 1958 houve uma grande reunião no Clube Seco, determinando os próximos passos e em 25 de março de 1959, Restinga Sêca torna-se então emancipada de Cachoeira do Sul.

Uma história de lutas, reivindicações e de muitas conquistas precisava ser preservada, para que não se perdesse em ruínas, como infelizmente acontece em muitos lugares no mundo. Podemos nos considerar um povo de sorte por ter uma história tão rica e podê-la perpetuar, através de uma grande reforma, concretizada em 2021.

Reinauguramos a Estação Férrea em 2021, após um intenso trabalho. E precisávamos entregar à comunidade um espaço não apenas bonito, mas funcional, dentro da nossa ideia de tornar os espaços públicos ocupados e atrativos. Hoje, a Estação é a casa da Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo, Cultura, Desporto e Lazer. O espaço foi transformado na “Estação do Empreendedor”, prestando atendimento a este público.

Também neste ano, recebemos as primeiras peças do acervo da memória ferroviária, que ajudará a contar um pouco de nossa origem. Na última quarta-feira, demos início a uma série de exposições com artistas plásticas locais, como evento alusivo ao 63º aniversário de Restinga Sêca e esperamos tornar a estação ainda mais frequentada, para perpetuar nossa história, propagar cultura e preservar de uma forma tão mais palpável uma história tão rica como é a de Restinga Sêca. Mais que apenas ensinar nas escolas, poderemos proporcionar aos alunos daqui e de outros lugares uma experiência que é complementar aos ensinamentos de sala de aula.

São 63 anos de muito orgulho e de muitas pessoas que deram sua contribuição para que Restinga Sêca se tornasse o município que é hoje. Particularmente, sinto imensa felicidade de poder estar entre os gestores que ajudaram a preservar as palavras de nosso hino, que é fazer de nossa cidade um berço do progresso. E ainda temos muito mais a fazer pela nossa gente, pelo nosso chão. Aos restinguenses e aqueles que escolheram Restinga como sua casa e que leem este texto, gostaria de dar-lhes os parabéns pelo aniversário desta terra, que com muita perseverança e muita garra é hoje uma das referências regionais da perpetuação da própria história.

(*) Paulinho Salerno é prefeito municipal de Restinga Sêca e presidente da Câmara Temática de Inovação da Famurs. Ele escreve no site às quintas-feiras.

Nota do Editor: a imagem que ilustra este artigo é um excerto de foto da Estação Ferroviária de Restinga Sêca que, na sua totalidade, está disponível no site da Prefeitura (AQUI)

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