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Simpósio Interdisciplinar Farroupilha (SIF): uma década em defesa das liberdades – por Giuseppe Riesgo

“Liberdade não prospera em ambientes onde se criam falácias de falácias de...”

Na condição de ex-presidente do Clube Farroupilha, no biênio 2016/2017, posso dizer que poucos “clubismos”, ainda que erroneamente rotulados de elitistas, fazem tanto pela sociedade e pelo coletivo. Sem entrar em polêmicas, mas pluralidade e coletividade somente estão assegurados em um ambiente onde a liberdade seja a tônica. 

Liberdade não prospera em ambientes onde se criam falácias de controle social, uso de cartilhas, ou qualquer outro tipo de artimanha travestida maldosamente de intenções nobres… Independentemente do quão avesso eu ou você sejamos frente às visões mais díspares de mundo que tenhamos, um direito é cláusula pétrea: a liberdade de falar e defender o que você bem entender. Mesmo o que, porventura, soe ofensivo, ou, até mesmo, preconceituoso, você pode e deve fazê-lo. 

Obviamente que o que você reverberar ao mundo e às redes sociais, pode implicar em explicações à Justiça. Mas que jamais alguém seja silenciado. O Clube Farroupilha é uma resistência às tentativas de se criar uma sociedade organizadamente subserviente às narrativas que se sobreponham às liberdades individuais. 

Ao completar 10 edições, o Simpósio Interdisciplinar Farroupilha (SIF), que é um braço do Clube Farroupilha, considerado o maior grupo liberal do interior do país, tem sido um respiro para jovens e gerações que buscam escapar de um Estado asfixiante e inoperante em todos os sentidos – da economia à vida cotidiana do brasileiro. Saudar e celebrar o SIF e o Clube Farroupilha são formas de dar de ombros à ignorância e às tentativas de dominação pelo aparato de um Estado sindicalizado e partidarizado com braços em quase todos os setores da sociedade e da mídia. O saber e a leitura empoderam, nada mais. Lacração é demonstração de embotamento e de limitação intelectual. Não se trata de ser erudito, até porque esse erroneamente faz de tudo para não ser compreendido. 

“Ocupar os espaços” democraticamente é fazê-lo com pensamento crítico e questionamento permanente. Do contrário, seremos (o povo) como “aquela parte da sociedade que não sabe o que quer…”, como já dizia o sempre atual Roberto Campos. Em tempos sombrios, o SIF e o Clube Farroupilha jogam luzes em pautas e debates que, não raras às vezes, tentam ser ceifados. São felizmente esses ambientes e fóruns que ainda tentam fazer com que saíamos deste verdadeiro “carnaval cívico”, que é o Brasil.

(*) Giuseppe Riesgo é ex-deputado estadual pelo partido Novo. Ele escreve no Site às quintas-feiras.

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4 Comentários

  1. Resumo da opera é que se trata de mais um forum de discussão. É muito grito e pouca lã. Liberais devem mostrar que a sociedade civil também resolve problemas apesar do Estado. Menos saliva e mais resultados. Simples assim.

  2. Dai o risco, o que vivemos é ‘democracia’ e o numero de desatendidos e/ou descontentes é muito grande já se sabe o resultado. Junta-se isto com uma esquerda incapaz que vive de ‘futuro melhor’ que nunca chega, que gasta muito e gasta mal, muitas vezes em coisas que estão muito acima da propria capacidade ou coisas que estão longe de ser prioridade para a maioria.

  3. Piramide de Maslow, o modelo disponivel. Quem está preocupado com a sobrevivencia e com a segurança deixa a ‘liberdade’ para depois. Por acaso ou por projeto é a conjuntura brasileira que dita as prioridades.

  4. ‘[…] ainda que erroneamente rotulados de elitistas,[…]’. Não são exatamente ‘povão’. É uma classe media alta, muitos prole de profissionais liberais com um padrão de vida elevado desde o berço. Simples assim.

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