VIDA DIFÍCIL. Kassab e PSD terão que se ver com a Justiça. Isso se virarem partido
O Partido Social Democrático, cria do prefeito paulistano Gilberto Kassab, ao qual já aderiu um punhado de políticos de alto calibre, no lado direito da sala política, e que lhe dá um bom verniz, tem pelo menos dois problemas sérios pela frente. Um mais sério que o outro, é bom destacar. Me refiro às dificuldades que terão os pessedistas de conseguir, em apenas cinco meses e pouco as quase 500 mil assinaturas (comprovadas) de eleitores, espalhados pelo Brasil, para obter o registro em tempo de concorrer em 2012. Não obtendo isso, o partido implode: afinal, os hoje na sigla simplesmente terão que fazer o caminho de volta à sigla de origem, se quiserem ser candidato a algo no próximo ano.
O outro problema vem de dentro. Afinal, DEM, especialmente, e outras agremiações que perderam filiados com mandato não estão ficando exatamente quietos. E contestam, na Justiça, a tese de que se pode sair assim no mais para um novo partido. Pooois é. Ah, os detalhes desse último obstáculo você encontra na Folha de São Paulo deste sábado. A reportagem é de Daniela Lima e Evandro Spinelli. Confira:
“Partidos vão à Justiça para desidratar nova legenda de Kassab
Aliados ao DEM, partidos que estão perdendo filiados para o PSD do prefeito Gilberto Kassab darão início a uma série de ações na Justiça, na tentativa de impedir a migração de políticos e o registro da nova legenda. Advogados do DEM, PTB, PMN e PPS estão trabalhando juntos para formular questionamentos à sigla que será fundada por Kassab. A estratégia prevê ações impetradas separadamente e em diferentes instâncias.
O PPS – que tem três deputados federais de saída – entrou, na última terça-feira, com ação no STF (Supremo Tribunal Federal) em que questiona a legalidade de parte da resolução do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que considera legal a saída de políticos de um partido para fundar outro. É essa norma que viabiliza a movimentação de Kassab e impede que ele e seus seguidores sejam cassados por infidelidade partidária…”
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