COLUNA OBSERVATÓRIO. Novidade da campanha: o “todos contra um” se tornou inviável

Helen e Pozzobom talvez até não desejassem. Mas terão que se confrontar

Rememorando as últimas disputas eleitorais para a prefeitura, o que há de comum é a campanha do “todos contra um”. Mesmo que o “todos” estivesse dividido. Assim foi em 2.000, em que, a partir de determinado momento, cada qual a seu modo, os adversários do petista Valdeci Oliveira se uniram para combatê-lo. Perceberam tarde demais a força emergente, mas ainda assim tentaram.

O mesmo ocorreria quatro anos depois. Separados, José Farret e Cezar Schirmer bateram em um candidato forte que buscava (e levou) a reeleição. Só na antevéspera do pleito (os nem tão antigos lembram), se notou que farrezistas, brabos com schirmistas, se aliaram tacitamente ao petista.

Já em 2008, unidos, Farret e Schirmer bateram em Paulo Pimenta, para vencer. A candidatura de Sandra Feltrin, que confrontava todos, foi simbólica e reuniu descontentes de todos os lados. Afinal, creia, ainda estão para nascer 10 mil eleitores puramente esquerdistas em Santa Maria.

E agora? Em mês e meio começa a campanha. O alvo, se poderia dizer, é Schirmer. Mas não único. O governista (e é assim que funciona) terá dois adversários para enfrentar. Estes, embora se diga (mais como pressão que por razões efetivas) possam estar unidos contra o atual prefeito, terão que combater um ao outro, nem que seja por motivação histórica. Helen Cabral e Jorge Pozzobom até podem se colocar taticamente contra Schirmer. Mas, objetivamente, um e outro disputarão o mercado oposicionista. E terão que se diferenciar.

Sim, uma campanha animada se aproxima, e beeem diferente das últimas, pode apostar.