Senado. Tradição parlamentar será seguida e substituto de Renan será do PMDB. A menos que…
A peleia está mais que aberta no Senado. O objetivo é saber quem vai substituir Renan Calheiros na presidência. Hein? Mas ele não renunciou, dirá alguém. É verdade. Mas nem mesmo um naco de cortina da estonteante Casa que abriga o parlamento duvida que o alagoano não apenas disse tchau por 45 dias, mas adeus pela eternidade – enquanto ela durar.
Esfolado pela opinião pública e publicada, Renan tem mais é que ficar faceiro se conservar o mandato. O que já esteve mais fácil. Agora, é luta pela sobrevivência para ver se continua senador. Obscuro e num canto do plenário, por certo, mas sem perder os direitos políticos. É o máximo, consensuou-se, que o ex-amante da Mônica pode aspirar nesse momento.
Assim, como já escrevi, rei morto, rei posto. E a discussão de bastidores, que andava meio confusa, especialmente porque o PT ambicionava, mesmo que não dissesse isso diante de qualquer microfone ou caneta, tomar conta do posto. Quem sabe mantendo lá o atual primeiro vice (e presidente interino) Tião Viana.
Mas os interesses do governo – leia-se, os interesses de Luiz Inácio Lula da Silva – falam mais alto. E já se sabe que tudo o que o presidente não quer neste momento é comprar briga com o PMDB. Mesmo que saiba não ter inteiro o partido, melhor fracionado do que inimigo. E, por tradição, o maior partido leva a presidência. Por isso foi Renan; por isso será algum peemedebista.
Assim, e como o governo tem maioria suficiente para impor o presidente do Senado, se tiver o mínimo de competência, vai discutir com o peemedebismo um nome capaz de aglutinar o máximo possível de apoios. A briga está aberta e franca. Mas apenas no âmbito do PMDB. Se bem que nunca é demais duvidar de uma candidatura alternativa. Que também pode ser peemedebista, por que não?!
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a reportagem Caminho aberto para a sucessão de Renan, de Eduardo Militão, no Congresso em Foco.
Leia também a reportagem Presidência do Senado é do PMDB, avisa Lula, de Leonencio Nossa. nO Estado de São Paulo.
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