Não custa lembrar. Super-hipocrisia. Violar privacidade, ok, desde que a nosso favor
Confira a seguir a nota que publiquei na madrugada de 1º de setembro de 2007, um sábado:
Imprensa. Afinal, o papo dos ministros, por telefone ou na internet, é de interesse público?
Um fotógrafo do jornal O Globo fotografou o diálogo entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal. E isso gerou uma bela reportagem – do ponto de vista do leitor – acerca das relações entre os integrantes da mais alta corte judiciária do País. E em pleno julgamento do chamado mensalão.
Terminado o evento do Supremo, um dos dois envolvidos no episódio anterior, teve sua conversa com o irmão, por telefone, flagrada por uma repórter da Folha de São Paulo, em que comentava circunstâncias do julgamento. No outro dia, o papo estava nas páginas do jornal paulista em novo tento do consumidor de notícias tão exclusivas quanto possível.
Reconheço, logo eu que tenho opinião sobre tudo, nesta a convicção não está formada. Afinal, houve invasão de privacidade? Temos o direito irrestrito de publicar? Onde começa o nosso (e o do público) direito e termina o de outra pessoa, por mais pública que seja?…
Para ler a nota na íntegra, clique aqui.
PASSADO EXATAMENTE UM ANO, os elementos para formação de convicção, que me faltavam então, sobram agora – diante de acontecimentos surgidos e noticiados a partir daquela data. A imprensa, especialmente a mídia grandona (mas também a que se acha) adora um grampo. Desde que seja a favor. Do contrário, é pura e simples violação indevida da privacidade. É, portanto, uma grande hipocrisia, não raro resvalando para a pura e simples sacanagem. E tenho dito.
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