IMPRESSA. Na edição deste sábado, os partidos e o “nó górdio” da eleição para a Câmara de Vereadores
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição de sábado, 14 de maio, no jornal A Razão:
Os partidos e o nó górdio o pleito para a Câmara
Conferindo a relação dos atuais vereadores, retirando aqueles que já afirmaram não concorrer à reeleição e aqueles que se envolverão, como candidatos, no pleito majoritário, é possível afirmar que, por inércia, já haverá uma renovação de um terço no parlamento municipal.
Se a esse fator somar-se a renovação histórica, não é improvável supor que haverá, a partir de janeiro, e sendo bondoso, no mínimo metade de diferentes (não necessariamente novos) parlamentares dando seu recado político com uma cadeira na Câmara.
É essa disputa que se está discutindo, no interior das agremiações. Como garantir, num ambiente em que há pelo menos 50 (e o número, creia, não é aleatório) candidatos potencialmente elegíveis, condições de manter ou ampliar ou criar uma bancada.
Não duvide: candidaturas a prefeito que, de outra forma, não se criariam, podem virar realidade. Tudo para ajudar a legenda e, quem sabe, emplacar (mais) vereadores.
NO LIMITE DA LEI
Tem pré-candidato (a prefeito e a vereador) se esforçando muito para burlar a lei eleitoral. E há adversários de olho, prontos para “satisfazer” esse esforço. Sim, é de propaganda antecipada que se escreve aqui.
PRIMEIROS MURMÚRIOS
Sob o manto da austeridade, o presidente interino Michel Temer reduziu o número de ministérios. Mas não é provável que tenha errado a mão, ao limar a pasta de Cultura, conquista de 30 anos do setor e da sociedade.
BESTUNTO FALHOU
Bem ao contrário do que a coluna anotou ontem (o bestunto deve ter sido avariado), a decisão unânime do Diretório do PMDB, quarta, foi NÃO reconhecer a eleição de Marcelo Acosta para a Coordenação Regional. Aprovou manifesto. E por aclamação.
PROVOCAÇÃO. HEIN?
Ideia do PMDB convidar José Farret para se filiar ao partido é levada a sério, internamente. Mas, fora do peemedebismo, poucos acreditam. E há quem, no PP, entenda até ser provocação.
Dão muita importância para o “ato simbólico” e o “simbolismo”. Também acham que para resolver qualquer problema é necessário uma burocracia dedicada.
Ministério da Cultura tem 30 anos e o que melhorou a cultura? Milhões de reais via Lei Rouanet, política pública, para shows de sertanejo pop e axé pop que de sertanejo e axé têm muito pouco. Captação de recursos para filmes sofríveis feitos por artistas globais. Incentivos para gente com carreira estabilizada em detrimento de projetos mais importantes e sem apelo comercial.
Sem falar no apoio político. Artistas amigos do rei aprovam projetos com maior facilidade. Artistas amigos do rei conseguem patrocínios de empresários e estatais com maior facilidade. Renúncia fiscal que tira dinheiro de outros setores como saúde, por exemplo.