Claudemir PereiraInternet

DO FEICEBUQUI. Salvação para o futebol olímpico e a supervitória de uma ‘mulher pobre, negra e favelada’

O editor tem publicado observações curtas (ou nem tanto) no seu perfil do Feicebuqui que, nem sempre, são objeto de notas aqui no sítio. Então, eventualmente as reproduzirá também para o público daqui. Como são os casos desses textos, que foram postados na rede social nas últimas horas – entre eles os dos amigos Sérgio Blattes, João Gilberto Lucas Coelho e Sidinei Brzuska. Confira:

CHAMEM O STF! AH, E A MÍDIA “NEUTRA”!

Do jeito que a seleção olímpica de futebol joga, só tem um jeito de levar a “tão sonhada medalha de ouro”:

Garantir no Supremo que o título poderá vir mesmo sem ter votos (ou gols) suficientes na eleição (campeonato).

Ah, e ainda contar com a colaboração dos deputados e senadores (ops, adversários) e, claro, da mídia esportiva. Que, como se sabe, é “imparcial e neutra”

DESVIO DE FOCO…

…claramente demonstrado pelo Sérgio Blattes:

“O crime correndo solto e a Força Nacional preocupada com quem diz “Fora Temer”! Já revogaram o artigo da Constituição que garante liberdade de expressão?”

A VITÓRIA…

…de Rafaela Silva, na visão de João Gilberto Lucas Coelho:

“Quando soaram os acordes do Hino Nacional Brasileiro levantei-me da cadeira frente à TV e de imediato pensei: “perfilem-se também racistas!”. Há quatro anos quando foi desclassificada nos Jogos de Londres, a jovem negra, oriunda de comunidade de favela, apresentada ao judô via um projeto social, havia recebido agressões racistas que quase a desmotivaram seguir adiante. Depois disso foi campeã mundial em sua categoria e hoje conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos atuais Jogos.

Ah! Essas Olimpíadas estão ensinando muito a todos nós e mostrando um verdadeiro Brasil ao mundo. Rafaela Silva é o rosto majoritário do brasileiro. Miscigenado, com predomínio negro, marcado pelas dificuldades da infância e iluminado pela esperança. Está mostrando o Brasil que emerge da pobreza quando existe oportunidade, quando as pessoas são alcançadas na infância e na adolescência por iniciativas que rompam a segregação, motivem o despertar de talentos e abram caminhos compensatórios. O Brasil do futuro passa por aí para dar certo. Tenho orgulho e esperança, sinto-me representado como brasileiro, ao ver Rafaela Silva no alto do pódio.”

Rafaela Silva festeja e chora com os seus, depois de conquistar a primeira medalha de Ouro da Olimpíada do Rio (foto Reprodução)
Rafaela Silva festeja e chora com os seus, depois de conquistar a primeira medalha de Ouro da Olimpíada do Rio (foto Reprodução)

UMA OUTRA…

…visão, bastante singular, da vitória da nossa judoca, por Sidinei José Brzuska:

“A conquista do ouro olímpico por uma mulher, pobre, negra e favelada emociona. Emociona muito, porque ela é um ponto fora da curva, que nos contagia e enche de orgulho. Pode-se de dizer que hoje a Rafaela tem a cara do Brasil. Ao mesmo tempo, é de se lamentar que muitos que estão dentro da curva, ou até mesmo antes dela, acreditem que, em face da natureza e garra excepcional dessa mulher, não exista no Brasil discriminação de classe, cor ou gênero, e que todos nós temos as mesmas oportunidades, independentemente das nossas origens e do local onde nascemos.”

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Um Comentário

  1. Hummm….Triplo twist carpado para dizer o que o PT quer que seja dito. Mal feito óbvio, porque a mídia esportiva está malhando a seleção, como todo mundo. Não vai negar o óbvio para quebrar o galho.
    Há coisas mais importantes do que os cartazes “Fora Temer”. Caçar pokemons, por exemplo.
    Brasil “país do futuro” é nonsense. Brasil e o povo escolhido idem. Pessoal mais antigo descolou da realidade, quem fica perfilado na frente da tv para ouvir o hino nacional?
    Judoca tem seu mérito. Foi agredida, é fato, mas nada generalizado, partiu de uma minoria que habita as redes sociais. Há que se ter cuidado com a simbologia, inspiração sim, redenção da sociedade nunca. De qualquer maneira, daqui dois meses o assunto morre.

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