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CÂMARA. Como estão os partidos: Republicanos, PSDB, PSD, PT, PP, MDB, PDT, DEM, PTB, PSB e Rede

Legendas hoje representadas na Câmara enfrentam situações distintas. Algumas correm o risco de sumir do Parlamento já em março

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Allysson Marafiga/AICV), da Equipe do Site

O Legislativo de Santa Maria realiza, nesta quinta-feira (27), sua segunda sessão plenária de 2020. Não está prevista a votação de projetos. O único destaque da Ordem do Dia é a constituição de uma comissão especial para tratar do impacto dos cortes no orçamento da UFSM, sugerida pelo vereador Luciano Guerra (PT) (AQUI).

Enquanto o Parlamento está em um período de recomeço dos trabalhos, os partidos que hoje estão representados na Câmara vivem situações distintas. Enquanto alguns já começaram a caminhada para as eleições, outros estão em pé de guerra. Confira:

PSDB

No partido do prefeito Jorge Pozzobom um clima de insatisfação começa a transparecer. Lideranças da sigla reclamam nos bastidores que a legenda está muito parada e já deveria estar se mobilizando para o pleito de outubro.

Também incomoda o fato de que seus aliados estão se distanciado, caso do MDB, ou divididos internamente, como PP e DEM; enquanto tradicionais adversários estão com a casa em ordem, como PT e PDT.

Quando a janela de troca de legenda partidária estiver aberta, entre os dias 5 de março e 3 de abril, o PSDB perderá o vereador João Ricardo Vargas. Seu destino deverá ser o Partido Liberal (PL), cujas principais lideranças, hoje, são Miguel Passini e Luiz Carlos Fort.

PT

O clima de desconfiança em relação à pré-candidatura do vereador Luciano Guerra à Prefeitura parece estar se dissipando. Parlamentares e militantes da sigla têm feito diversas caminhadas pela periferia com um objetivo claro: colocar Guerra em evidência.

Falta definir quem será o vice na chapa. O vereador Marion Mortari (PSD) segue cotado para o posto.

MDB

O MDB se engrandeceu após definir o vereador Francisco Harrisson (MDB) como pré-candidato a prefeito. A sigla aparenta, finalmente, estar se unificando com um objetivo em comum: reconquistar a Prefeitura.

Destaque para a situação dos vereadores da sigla no Parlamento: João Kaus é situação; Adelar Vargas – Bolinha, presidente da Casa, é oposição; e Harrisson adotará postura de neutralidade (AQUI).

PTB

A legenda deverá sair incólume da janela de traição. Ovidio Mayer, que há alguns meses era sondado pelo PP, informou ao Site que fica na sigla. Já Deili Silva, aponta que não pretende sair do partido, embora deixe seu futuro em aberto.

Em relação às eleições, o PTB confirmou apoio à pré-candidatura de Marcelo Bisogno (PDT) à Prefeitura e indicou seu presidente municipal, Jair Binotto, a vice do pedetista (AQUI).

PP

O Progressistas perdeu o rumo. Até novembro, o partido vinha em uma forte campanha de filiações com eventos em diferentes bairros e distritos. Mas desde que o vice-prefeito Sergio Cechin (PP) sinalizou que não deve se lançar para o Executivo, a crise explodiu.

O presidente Mauro Bakof licenciou-se do cargo e o vice, Marco Jacobsen, tomou posse, em 30 de janeiro, prometendo uma estratégia de comunicação inovadora, sobretudo nas redes sociais (AQUI). Quase um mês depois, o PP/SM continua tão popular no Facebook e no Instagram quanto a Rede Sustentabilidade…

Para piorar a situação, lideranças debandaram e Bakof anunciou seu apoio pessoal à pré-candidatura de Harrisson (AQUI). No Parlamento, há o real temor de que o partido não consiga eleger, pelo menos, dois vereadores em outubro, visto que dificilmente terá um candidato a prefeito para alavancar a campanha.

PDT

O céu é azul nos pagos do pedetismo. No Carnaval, a vereadora Luci Duartes – Tia da Moto recebeu o título de amiga da Cultura Popular de Santa Maria, enquanto que no Parlamento ela prepara projetos de inclusão social que serão ser divulgados em março.

Melhor ainda é a fase do presidente municipal do partido e pré-candidato a prefeito, Marcelo Bisogno. Três nomes se apresentam para vice em sua chapa ao Executivo (AQUI). Nos bastidores, a nominata de vereadores que concorrerá pelo PDT é considerada uma das mais fortes entre todos os partidos.

DEM

O recesso foi bom para o DEM. O partido projeta agregar apoiadores do Novo, que não participará das eleições em Santa Maria (AQUI), e do Aliança pelo Brasil, que corre contra o tempo para ser formalizado junto ao TSE.

Para o pleito majoritário, a sigla estuda duas possibilidades: manter-se na base de apoio à reeleição de Pozzobom, posição defendida pelo vereador Manoel Badke – Maneco (DEM), ou apoiar Harrisson à Prefeitura.

PSB

O vereador Leopoldo Oculaki – Alemão do Gás (PSB) colocou fogo no partido com a nota em que faz críticas públicas tanto à sigla quanto ao seu presidente municipal, Fabiano Pereira (AQUI). Membros do Diretório até tentaram expulsar Alemão, sem sucesso (AQUI).

Não há clima para o vereador seguir no PSB e tudo indica que ele deverá trocar de legenda no próximo mês. Também fica claro que o distanciamento de Fabiano de sua base – ele atua no governo Estado, em Porto Alegre – não tem feito bem para a legenda.

Republicanos

A sigla é uma das mais organizadas da cidade e há meses vem se preparando para as eleições. Dia 6 de março, às 19h, no Plenário da Câmara, o partido irá lançar a pré-candidatura de Jader Maretoli à Prefeitura. No mesmo evento, a legenda deverá apresentar uma forte aquisição para o pleito do Legislativo: o delegado Getúlio de Vargas.

Rede

A Rede Sustentabilidade vive seus últimos dias em Santa Maria. O único vereador da sigla, Jorge Trindade – Jorjão trocará de legenda em março. Porém, seu destino é uma incógnita.

PSD

O PSD tem um problema que se arrasta há tempos. Não há uma garantia jurídica de que sua principal liderança, o vereador Marion Mortari, está apto a concorrer e, caso eleito, tomar posse.

Em 2018, ele teve sua candidatura à Assembleia Legislativa indeferida pelo TRE-RS, que o considerou inelegível até o dia 7 de outubro de 2020 (ele conseguiu concorrer com recurso) (AQUI). Detalhe: o primeiro turno, este ano, ocorrerá no dia 4 de outubro.

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3 Comentários

  1. Olhando daqui. DEM é pequeno, PP tem a crise de um nome só. MDB resolveu tentar a sorte, mas como todo servidor público deixou o paletó na guarda da cadeira e um recado ‘volto já’.
    PT está com a casa em ordem. PDT é o incrível exercito Brancaleone.
    PTB é candidato a sumir do parlamento. DEM idem.
    Alemão vai concorrer a reeleição? Se não, a briga é irrelevante. Fabiano aparentemente desistiu de cargos e resolveu virar ‘dirigente partidario’ profissional. Eventualmente ocupando algum cabide em algum governo.
    Jader vai repetir os 20 mil votos?
    Jorjão e Marion tem votos para se eleger sem coligação nas proporcionais?

  2. Imprensa só trata do Covid (coronavirus causa também o resfriado comum). Alás, cobertura na base do ‘mundo vai acabar’, mas ‘não é para entrar em pânico’.
    China afirmou que vai esperar passar a tormenta e dar incentivos para compensar os prejuízos. Pode haver outras consequências econômicas, China virou gargalo, qualquer problema por lá derruba a economia mundial.
    Enquanto isto governo Argentino bloqueou as exportações de soja e revoltou o agronegócio correntino. Dólar alto não só por causa do vírus.

  3. Pois é. Há quem diga que ninguém se rebelou contra as emendas impositivas do orçamento municipal. Vermelhinho mentindo, grande novidade. No caso federal o Centrão não conseguiu ministérios e queria arrumar mais grana para a eleição municipal. Resolveu abocanhar parte do orçamento. Nem toda localidade tem alcoólicos anônimos, mas toda aldeia tem as bestas conhecidas. Não vai faltar quem fale que ‘é 1% do orçamento’ (ou cifra parecida). Só que mais de 90% do orçamento é verba carimbada, não é possível redirecionar. Junta-se o contingenciamento (que vai aumentar com o vírus e vai afetar a UFSM) e nada sobra para o Executivo. Alas, não se sabe quanto da verba municipal é carimbada, espera-se que cheguem jornalistas de Marte e façam o serviço. Alás, B38 divulgou vídeo via whatsapp, não via redes sociais (alguns imbecis não se convencem que não estão equipados para enganar os outros, algo que pode ser considerado ofensivo). Foi ameaçado a terceira (ou quarta vez) de impeachment, com direito a editorial da Folha apoiando. Sem problema, Mourão está aí para isto mesmo.

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